Friday 21 November 2008

Como surgiu a Aspirina ?


Aspirina

É da casca do salgueiro que vem o princípio activo da aspirina. A salicina e o salicilato, extraídos dessa árvore, eram usados contra a cefaléia na Mesopotamia, 3 mil anos a.C.
No entanto, a aspirina foi patenteada pela indústria alemã Bayer em 10 de Outubro de 1897. O químico Felix Hoffmann, com a ajuda do professor Heinrich Dreser, sintetizou o ácido acetilsalicílico para aliviar as dores reumáticas do seu pai.
O nome do remédio mais popular do século foi formado assim: "a" vem de acetil; "spir" é a raiz do ácido epírico (substância quimicamente idêntica ao ácido acetilsalicílico); e o "ina" é um sufixo que se adicionava ao nome de todos os medicamentos no final do século XIX.



Alka-Seltzer

No inverno de 1928, Hub Beardsley, presidente dos Laboratórios Dr. Miles, visitou uma redacção de um jornal e viu que nenhum funcionário havia faltado por causa da gripe que estava contagiando todos. Explicaram-lhe que eles tomavam uma combinação de aspirina e soda caustica.
Beardsley pediu aos seus químicos para testarem a fórmula. O químico Maurice Treneer foi mais longe e criou o Alka-Seltzer 3 anos depois.

Tuesday 4 November 2008

Amigdalite


Febre alta, inchaço dos gânglios no pescoço, dificuldade para engolir e mau hálito podem ser sinais de que está com amigdalite.

A inflamação e infecção das amígdalas ocorre com mais frequência nas crianças ou nos adultos jovens; já foi moda remover cirurgicamente as amígdalas, mas, a menos que a infecção se torne crónica e actue como foco de outras infecções, hoje em dia considera-se que é preferível conserva-las. Elas actuam como um primeiro sinal de aviso da falta de vitalidade, e, se se perder esta primeira barreira defensiva, mais tarde poderão ocorrer doenças mais profundas.

Provocada por vírus e bactérias, a inflamação das amígdalas é mais comum nesta época do ano, quando esfria, porque depende de ambientes fechados para se disseminar.Uma forma de prevenir o mal é manter a casa arejada.Para baixar a febre, os médicos receitam antitérmicos. Já os antibióticos só são indicados se a infecção foi causada comprovadamente por uma bactéria.

Tratamentos

Aromaterapia

Os óleos essenciais são sobretudo utilizados como tratamento adjuvante em inalações de vapor, sendo os mais indicados os de Benjoim, Eucalipto ou o Tomilho, para minimizar a inflamação e combater a infecção em geral.

Fitoterapia
Se possível utilizar a tintura das seguintes plantas para gargarejar, ou em substituição, infusões arrefecidas.
Agrimonia (Agrimonia eupatoria), Salva (Salvia officinalis) e Tomilho (Thymus vulgaris); todas são adstringentes e tonificam as membranas; as duas últimas são ainda anti-sépticas.
Para obter um efeito mais forte, utilize tintura de Mirra (Commiphora molmol) juntamente com algumas das outras.
Nas crises repetidas de amigdalite crónica, consuma alho todos os dias, em pílulas/cápsulas ou fresco. Outra planta essencial a utilizar na amigdalite crónica é a Equinácea (Echinacea angustifolia ou E. purpurea), que reforça o sistema imunitário e pode ser tomado em comprimidos ou em tintura, 20 gotas, 2 vezes/dia.

Homeopatia
Acónito - aparecimento súbito da inflamação, com amigdalas quentes, vermelhas e ardentes, e com sede de bebidas frias.
Hepar sulph - inchaço doloroso, como se houvesse alguma coisa entalada na garganta; amigdalas inchadas e com pus amarelo.
Lycopodium - inchaço crónico das amigdalar, que parecem pintalgadas de branco, por pequenas ulceras purulentas; as bebidas frias podem agravar a sensibilidade

Naturopatia

A função das amígdalas - captura e remoção das bactérias infecciosas que, de outro modo, causariam problemas - significa que elas próprias são mais susceptíveis de ficarem infectadas. Isso pode, por sua vez, originar uma infecção das adenóides, com congestão nasal.
Quando estes sintomas ocorrem, convém suprimir os lacticínios por algum tempo. Em qualquer caso, tome muitos líquidos, especialmente sumos de fruta. O sumo de limão, acabado de espremer e com um pouco de mel, é um bom anti-séptico local. Os ataques repetidos de amigdalite são, muitas vezes, sinal de falta de saúde em geral, podendo necessitar de tratamento profissional.

Alimentos recomendados
Pepino, repolho, tomate, abacate, abacaxi, limão, cebola, oregãos, sálvia, chá de casca de jequitibá.

Equinácea


Equinácea
Echinacea angustifolia, Echinacea purpurea, Echinacea pallida


Família: Asteráceas (compostas)

Habitat e distribuição: Planta herbácea vivaz. A Echinacea angustifolia é originária dos prados dos EUA, a Echinacea purpurea e a Echinacea pallida da parte central e Oriental dos EUA, sendo muito cultivada a Echinacea purpurea por ser de mais fácil propagação.

Partes utilizadas:
Raízes. Principalmente da Echinacea purpurea e da Echinacea pallida.

Constituintes: Ácidos gordos, óleo essencial, fitosteróis, rutósido, alcalóides, equinacósidos A e B, polissacáridos (equinacinas).

Farmacologia e Actividade Biológica: Imunoestimulante, activando o sistema imunológico celular não específico, impedindo as infecções. Activa a formação de leucócitos. Acção anti-inflamatória e antiviral. Protege o colagénio.

Usos Etnomédicos e Médicos: Na profilaxia do tratamento da gripe, inflamações orofaríngeas, rino-sinusites e bronquites, principalmente em doentes com imunidade diminuída ou fazendo quimioterapia. Externamente, sob a forma de pomadas ou em compressas nas queimaduras, feridas purulentas, acne e outras inflamações ou ulcerações cutâneas.

Principais indicações: Síndromes gripais com tosse, bronquite, febre, odinofagia. Como estimulante.

Contra indicações: Gravidez, aleitação, hepatites. É recomendado não utilizar em caso de tuberculose, colagenoses, esclerose múltipla, síndrome de imunodeficiência adquirida e outras doenças imunológicas, sem supervisão médica.

Medicina Ayurvédica e Equinácea: Apesar de não ser conhecida dos médicos Ayurvédicos na Índia, a Equinácea pode ser compreendida como uma poderosa substância desintoxicante, similar, de certo modo ao Nim. Possui os sabores amargo e picante e tem um efeito refrescante geral sobre a fisiologia. Reduz Pitta e Kapha, podendo ser agravante de Vata se usada por um longo período de tempo.

Monday 3 November 2008

Centella asiatica (Hydrocotyle asiatica) - (1)


Cairuçu asiático
Centella asiatica (L.) Urban
Syn.:Hydrocotyle asiatica L.
Familia: Umbelliferae (Apiaceae)

Características: O género Centella inclui aproximadamente 20 espécies de pequenas ervas perenes que medram na África meridional e na maioria das partes das regiões tropicais. A espécie mais conhecida é a Centella asiatica que é uma erva medicinal importante, semelhante à uma sua parente Européia, a Hydrocotyle vulgaris. A planta foi denominada inicialmente Hydrocotyle asiatica por Linnaeus e posteriormente passou para o género Centella. É uma espécie variável, de distribuição tropical que prospera em lugares sombreados e húmidos como plantações de arroz, mas também cresce em áreas rochosas e em paredes sendo também uma planta infestante da relva. É uma erva rasteira, perene, as raízes propagam-se em nódulos, com agrupamentos de folhas de até 5cm, em formato de rim e bordas denteadas.
As Flores rosas minúsculas aparecem sob a folhagem na época do verão.

A Centella asiatica é uma das mais importantes ervas na medicina Ayurvédica.
Conhecida como Brahmi, "que traz conhecimento de brahman [Realidade Suprema]", foi por muito tempo usada na Índia para fins medicinais e para ajudar a meditação. Tradicionalmente usada na Índia e na África para tratar lepra, entrou na farmacopeia francesa através de Madagáscar.
Uma recente pesquisa mostrou que a Centella asiatica reduz o tempo de cicatrização, melhora problemas circulatórios nos membros inferiores e acelera a cura.

Usos medicinais: Usam-se as folhas e também a planta inteira que são colhidas a qualquer hora do dia e são usadas frescas ou secas em infusões, decocção no leite, pulverizadas, ou como óleo medicinal. É uma erva rejuvenescedora, diurética, que limpa toxinas, reduz inflamação e a febre, melhora a cura e a imunidade, e tem um efeito equilibrador no sistema nervoso.

Externamente é usada em feridas, hemorróidas e articulações reumáticas.
Os Extractos também são utilizados em máscaras de cosméticos e cremes para aumentar o colagénio e firmar a pele.

Uso culinário:
As folhas são consumidas em saladas e como tempero no sudeste da Ásia. Medicinalmente a erva é usada interiormente para combater feridas e condições crónicas da pele (inclusive lepra), doenças venéreas, malária, veias varicosas e úlceras, desordens nervosas e senilidade.

Contra indicações: O excesso provoca enxaquecas e inconsciência passageira.

CUIDADO: Esta erva é irritante de pele e está sujeita a restrições legais em alguns países

Sunday 2 November 2008

Centella asiatica (Hydrocotyle asiatica) - (2)


Centella asiatica
Hydrocotyle asiatica


Família:
Apiáceas (Compostas)

Nomes vulgares: Hidrocotilo, Hortelã-brava-indiana, Gotu-kola, Cairuçu asiático, Acariçoba.

Nome sânscrito:
Brahmi

Outros nomes populares: Codagem, Pata-de-burro, Pata-de-cavalo e Pata-de-mula; Centella (inglês), Yerba de claro (espanhol) e Asiatischer wassernabel (alemão).


Habitat e distribuição: Nativa da Índia e do Sul dos EUA, mas distribuída no oceano Índico, de Madagáscar à Indonésia, na Austrália e África do Sul. Prefere regiões tropicais e subtropicais pantanosas e margens dos rios.

Partes utilizadas: Partes aéreas.

Constituintes: Saponósidos triterpénicos, óleo essencial, alcalóides, glicosídeos, esteróides, taninos, heterósidos de flavonóides e poliinas.

Farmacologia e Actividade Biológica: As saponinas triterpénicas mostram uma acção reepitelizante. A planta, por via interna, tem efeitos psicotrópicos e reduz a formação de úlceras. Acção sobre a insuficiência venosa.

Usos Etnomédicos e Médicos: Externamente, em dermatoses diversas, para acelerar a cicatrização de feridas superficiais, em queimaduras ligeiras e úlceras das pernas de origem venosa. Internamente como antidepressivo e como venotónico e na celulite. O extracto de Centella asiatica tem uma acção directa sobre os fibroblastos, estimulando sua multiplicação e consequentemente a regeneração dérmica. Como os fibroblastos são produtores de colagénio e elastina, o extracto de Centella contribui para restauração do tecido conjuntivo de boa qualidade. Também possui actividade anti inflamatória por conter asiaticosídeos em sua composição.

Principais indicações:
Insuficiência venosa. Como cicatrizante.

Efeitos secundários e toxicidade: Pode originar dermatites de contacto.


Medicina Ayurvédica e a Centella asiatica:
A Centella asiatica (o brahmi) é uma das plantas mais importantes da Medicina Ayurvédica. Descrito nos livros originais da Medicina Ayurvédica, há muitos milhares de anos, a Centella asiatica também era conhecida pelos médicos chineses pela sua capacidade de promover a longevidade. Há muito que tem a reputação de curar ferimentos e estimular o cérebro. Além do seu papel sobre a memória, é normalmente receitada para baixar a febre, tratar eczemas e aliviar a congestão respiratória.
Possui um leve efeito laxativo e diurético e desempenha um papel tradicional como depurador do sangue.
Aproveitando a sua propriedade de curar ferimentos, as mulheres são aconselhadas a tomar longos banhos terapêuticos de Centella asiatica após dar à luz, para acalmar os tecidos irritados. Possui os sabores amargo, picante e doce, sendo refrescante para o corpo.
Pode ser útil para equilibrar as três doshas, mas é especialmente eficaz para o sistema nervoso irritado de Pitta..