Saturday 26 July 2008

Ventosaterapia

(Ventosas de Bambu)

A Ventosaterapia é um tipo de terapia adoptado em diversas correntes da medicina tradicional que emprega ventosas. Esta forma de terapia é utilizada desde tempos remotos em quase todas as civilizações, como a europeia, oriental, africana e indígena.
Os índios usavam chifres e faziam a vácuo ao sugar o ar, os orientais costumavam empregar o bambu, e a Europa desenvolveu a ventosa como conhecemos hoje, empregando o vidro.
(Ventosas de Vidro e de Plástico)

Esta terapia consiste na aplicação de recipientes ocos (ver fotos acima) que provocam a sucção negativa do tecido.
A sua principal indicação é a de activar a função dos pontos de acupunctura.

1. Como resposta à sucção promove a presença na zona afectada de células defensivas.
4. Aumenta a circulação sanguínea.
5. Elimina estancamentos.
6. Activa a secreção de fluidos sinoviais pelo que relaxa as articulações
7. Elimina aderências.
8. Extrai a toxicidade do tecido.

(Aplicação das ventosas de vidro)
Utilizações
1.Ventosa Fixa
Ventosa simples: podem ser utilizados vários tipos de ventosas. O seu tamanho é proporcional à parte a ser tratada e a natureza da doença
Ventosa de sucção: o ar é retirado do interior da ventosa através de uma “bomba” de sucção.
Indicações: Dores por Humidade-Plenitude-Calor, dores articulares com derramamentos; Lombalgias e costas doloridas (Humidade); Cefaleias; Gastralgias crónicas; Dores abdominais por golpe de frio ou por ingestão; Dores abdominais nas crianças; Diarreia; Gripes; Constipações; Tosse; Asma; Peito e flancos dolorosos; Dismenorreia; Hipertensão Arterial
Precauções: O tempo de aplicação da ventosa é variável, deve-se retirar a ventosa quando a pele ficar violácea, sensivelmente de 3 a 10 min. Ter especial atenção à pressão no interior da ventosa e na sua remoção para não provocar lesões na pele do paciente.

2 - Ventosa Móvel
As principais particularidades deste tipo de ventosa, são a mobilidade, uma área maior de acção. Para garantir a mobilidade da ventosa deve ser aplicado óleo ou creme de massagem, sobre a pele do paciente, de modo que a ventosa deslize facilmente, sem provocar lesões.
Deve-se levantar ligeiramente a ventosa, sem esta deixar de estar em contacto com o paciente, e mover lentamente a ventosa em movimentos lineares ao longo da área a tratar. O papel do pulso é fundamental neste movimento, para que este seja fluido e contínuo.

Friday 25 July 2008

Auriculoterapia ou Auriculopunctura



A Auriculopunctura ou Acupunctura auricular é uma especialidade da Acupunctura que tem como foco do tratamento a pavilhão auricular. Existem mais de 200 pontos de Acupunctura na orelha (depende dos mapas). Não confundir esta prática com a Auriculoterapia, técnica da Reflexoterapia desenvolvida por Paul Nogier no século XX.
No Brasil por exemplo, existem diversos terapeutas que empregam ambas as técnicas. Os princípios da Auriculopunctura são associados aos conhecimentos que fundamentam a prática da medicina tradicional chinesa: o estudo dos meridianos de energia; a teoria de Yin/Yang; a Teoria dos Cinco Elementos; e a Teoria dos Órgãos Zang/Fu.

O tratamento na Acupunctura foca na orelha as diversas regiões ou pontos que podem ser estimuladas de diversas maneiras, como através de agulhas colocadas por 20 a 30 minutos, ou pequenas agulhas semi-permanentes que podem permanecer por até 5 dias.

Além dos casos de dor, várias doenças funcionais podem ser tratadas pela Acupunctura. Dentro da concepção chinesa, a doença é uma manifestação de desequilíbrio, sendo a Auriculoterapia mais uma forma de readquirir o equilíbrio.

Entre as doenças tratáveis pela Acupunctura auricular estão: dores em geral, músculo-esquelético, gastrite, stress, distúrbios hormonais, insónias, asma, bronquite, ansiedade, obesidade, distúrbios menstruais, paralisia facial, sinusite, incontinência urinária, além de outros problemas.

A Auriculoterapia estimula pontos auriculares específicos, mantendo o equilíbrio energético do corpo, estimulando o trabalho dos neurotransmissores e neuromediadores, equilibrando as funções alteradas, desenvolvendo uma acção anti-inflamatória, com a produção de corticóides na glândula supra-renal e ainda, a analgesia, combatendo a dor através da resolução do processo inflamatório que a causa.

Existem relatos de sono e relaxamento após a sessão, por alguns pacientes. Em alguns casos pode haver a piora dos sintomas, que geralmente é seguida pela melhoria da condição do paciente.

Pontos muito sensíveis podem-se tornar dolorosos se manipulados em excesso, porém a dor resultante tende a melhorar em pouco tempo. A Acupunctura auricular é um método invasivo por utilizar agulhas. Todo o material utilizado por mim segue regras de esterilização, sendo as agulhas descartáveis, tornando o risco de transmissão nulo.

Além das agulhas, sementes e pontos (esferas), também utilizo um aparelho electrónico de diagnóstico e electro-estimulação minimizando assim, o medo que algumas pessoas possam ter das agulhas.

Normalmente a frequência é de uma vez por semana, porém em casos agudos sessões diárias podem ser necessárias. A duração do tratamento é dependente do tempo da doença, pois quanto mais recente, mais rápido será o resultado.

Assim, algumas patologias respondem mais rapidamente que outras.

Actualmente a Auriculoterapia é considerada uma parte muito importante na Medicina Tradicional Chinesa, sendo utilizada como complemento ou como técnica principal, em conjunto com a Acupunctura. A sua principal diferença, quanto à mesma, reside no facto de que os pontos do pavilhão auricular, estando mais próximos do cérebro, conduzem os estímulos e mensagens de forma mais rápida, obtendo portanto uma resposta também mais rápida, na cura das doenças.



Auriculoterapia - Um pouco de história


A Auriculoterapia é uma técnica de análise e de tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular.
a sua origem data de milênios, tendo sido encontradas pinturas egípcias descrevendo o seu uso como anticoncepcional e para tratamento de ciatalgia, além de citações em tratados chineses e persas; Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, detalhou a analgesia para nevralgias odontológicas, faciais e ciáticas.

Mais recentemente, no século XVII, o português Zacutus Lusitanus, em seu livro "Zacuti Lusitani praxis medica admiranda", descreve seus tratamentos auriculares, o mesmo se dando com Valsalva, em "De Aura Humana tractatus", em 1717, sendo que até a metade do século XIX são encontrados dezenas de artigos em revistas médicas relatando casos de sucesso, tendo, entretanto, caído em esquecimento até os meados de 1951, quando o médico francês Paul F. M. Nogier iniciou suas pesquisas, dando tamanho grau de desenvolvimento à técnica, que passou a ser considerado o “pai da Auriculoterapia”.

Acupunturista e quiropata, ele notou que diversas pessoas que sofriam de dor ciática tiveram seus sofrimentos cessados com cauterizações na orelha feitas pela “leiga” madame Barrin. Esses resultados empolgaram Nogier, passando ele a observar que na orelha há regiões doloridas espontaneamente ou ao toque, sempre que no corpo também houver dor.

Verificando a ocorrência dessas regiões, culminou por observar que elas pareciam desenhar uma forma fetal invertida no pavilhão auricular. Com o correr das pesquisas, foi-se mapeando a que zona corporal correspondia cada porção da orelha, tendo sido publicadas na década de 50, as suas conclusões iniciais e seus tratamentos por estímulos de agulhas na aurícula, com grande repercussão entre os acupunturistas, pois estes já estavam acustumados a esse tipo de instrumento.

Tal sucesso chegou até a China, que rapidamente levantou um mapeamento auricular, inundando a Europa com suas orelhas de plástico e "posters" de “auriculo-acupuntura”. Tudo isso contribuiu para que se confundisse a Acupuntura com essa "nova" técnica, mas as diferenças são gritantes: enquanto para primeira, os pontos existem o tempo todo, quer sirvam para tratamento ou não, na orelha eles não existem, a princípio, só vindo a surgir em correspondência a um desequilíbrio no corpo, facilitando ao máximo a avaliação, tornando praticamente impossível de se errar.

Outro factor de distinção e, provavelmente, a maior descoberta de Paul Nogier, foi a técnica de anamnese pelo pulso, específica para a Auriculoterapia. Enquanto na pulsologia chinesa tomam-se ambos os pulsos simultaneamente e por meio de extrema sensibilidade, distinguem-se informações sobre a condição energética de cada órgão-meridiano, na técnica de Nogier, basta tomar-se um dos pulsos e com uma ponta de metal ou de aparelhagem eletrônica, “passeia-se” por todas as regiões reflexas auriculares e, onde houver desequilíbrio, haverá uma alteração no pulso, que inicialmente chamou-se R.A.C. (reflexo aurículo cardíaco) e hoje em dia se conhece como R.A.N. (reflexo arterial de Nogier) ou V.A.S.* (sinal autônomo vascular).

A Auriculoterapia só veio a trazer novas descobertas no ano de 1966, quando se notou que o V.A.S. servia também para obter-se informações directamente nos locais afectados. O dr. René J. Bourdiol, pesquisando diversos tipos de estímulos que pudessem vir a substituir as agulhas, descobriu que certos ritmos pulsáteis são melhor absorvidos do que outros e em regiões diferentes, podendo isso ser avaliado pelas reações do V.A.S.*. Isto levou à descoberta das frequências de ressonância corpórea e auriculares, onde concluiu-se um mapeamento de correspondência natural de valores em hertz para cada região, notando-se em caso de desequilíbrio, uma reação do pulso a uma frequência não natural ao local afetado, constatando-se a chamada “parasitagem frequencial”. Essa mesma frequência parasita, se for aplicada no ponto auricular ou diretamente sobre o corpo, dará um estímulo otimizado, compreendido de imediato pelo organismo, surtindo melhores efeitos do que o trabalho com as agulhas. E, de acordo com cada tipo de parasitagem, levantam-se hipóteses específicas de acordo com o valor em hertz. Hoje em dia, não só os ritmos pulsáteis, mas também a aproximação de filtros coloridos e de substâncias as mais variadas, permitem a substituição de quase todos os exames laboratoriais pela técnica de pulsologia.

A essa nova fase, os franceses chamas de "auriculo-medicina” (termo este absolutamente inadequado no Brasil, gerando problemas legais; utiliza-se sempre AURICULOTERAPIA). Outro avanço importante e recente, provocou uma reformulação completa dos mapeamentos auriculares: para localizar-se a correspondência reflexológica das regiões auriculares, não é mais necessário esperar o surgimento de pontos patológicos, podendo-se forçar artificialmente a ativação desses locais com o uso de filtros orgânicos específicos e a técnica do V.A.S. Por exemplo: com uma amostra de extrato de células de fígado, “passeia-se” pelas regiões auriculares e, onde causar reação no pulso, será a porção reflexológica correspondente ao fígado. Hoje em dia, já são conhecidas cinco posições diferentes do homem na orelha, o que explica a grande variação da localização das zonas reflexas de um autor para outro.

No Brasil, a esmagadora maioria dos que trabalham com a Terapia Auricular desconhece quase que totalmente o trabalho francês; quando muito, estão a par do primeiro livro publicado de Nogier, o qual já há muito está desatualizado, com suas “receitinhas” de pontos específicos para cada tipo de tratamento. Curiosamente, já havia no país uma certa quantidade de aparelhos com as freqüências de ressonância de Nogier, sem que, entretanto, houvesse alguém que soubesse para que elas serviam ! Ainda há muito o que testar para que possamos nos inteirar totalmente do grau de desenvolvimento atual da auriculoterapia francesa. Em compensação, temos muitos profissionais usando no pavilhão auricular a softlaserterapia, a cromoterapia, fitoterapia, chi kung, pranaterapia, enfim....

Mas devemos observar sempre que "auriculoacupuntura" é diferente de "auriculoterapia"... onde no primeiro caso são usadas agulhas e no segundo, usam-se outras formas de estímulo não invasivo.

Wednesday 23 July 2008

Diagnóstico pelas unhas



fonte: http://www.flordavida.us/religare/diagnostico.

Na unha é analisada toda a deformação, mancha, depressão, sinais, pontos coloridos e mudanças de aspecto que revelam sintomas de doenças diversas, que podem ainda não ter se manifestado. Este tipo de exame permite a realização de um trabalho de Medicina Preventiva e faz parte de um método mais abrangente da Medicina Chinesa, que hoje já vem sendo visto com bons olhos no Brasil e no Ocidente, devido a sua eficácia e rapidez. A análise da unha revela aspectos muito pessoais de cada paciente como carência vitamínica, verminose, gula, anemia, desequilíbrio hormonal etc.

Almir Itajahy é acupunctor, massoterapeuta, iridologista e especialista em Medicina Chinesa há 14 anos. Ao contrário do que imagina a maioria das pessoas, a unha está sempre mudando de aspecto. "O problema é que são poucas as pessoas que têm o hábito de observar os detalhes de seu próprio corpo. Se elas se preocupassem mais com as nuances, notariam as pequenas alterações no organismo". Uma vez registrada a mudança, o terapeuta possui um método bastante preciso. "O exame das unhas não tem mistério; o fundamental é saber o significado exacto de cada aspecto delas! Saber observar é o grande aprendizado".

Para maior eficácia e discernimento em seus diagnósticos, Almir Itajahy lança mão de outros exames, que também fazem parte da Medicina Chinesa como a fisiognomonia do rosto (face, lábios, nariz, língua, cílios, linhas faciais, voz, escuta), pulsologia chinesa, iridologia, reflexologia dos pés, espondilodiagnose (coluna), pontos de alarme e até a quirodiagnose. A unha nunca recebeu atenção como método de diagnóstico pela Medicina alopata, entretanto de acordo com a Medicina que existe há milénios, ela pode revelar os segredos do corpo em suas mãos.

A unha sadia deve ser rosada e não ultrapassar o tamanho de 50 por cento da terceira junta do dedo correspondente. Deve ser sem manchas ou sinais sintomáticos; na meia lua (lúnula) está a parte vital, a raiz da unha; quando atingida, o restante degenera. O ciclo de crescimento de uma unha é de 3 meses para uma criança e 8 meses para um adulto. Entre os fleumáticos é que encontramos a maioria dos roedores de unhas. As pessoas que necessitam de enxofre e sal no organismo roem as unhas desesperadamente tentando saciar a sua fome. Através da unha são segregadas as impurezas em excesso no organismo.

Para as pessoas que dão atenção às unhas sem ser uma vez por semana, quando passam esmalte, Almir Itajahy diz que basta observar alguns aspectos desta técnica de mais de 3.500 anos: Unhas rijas, mas flexíveis: vigor e boa calcificação. Quebradiças: descalcificação e fraqueza geral, além de possibilidades de hipófise ou tiróide hipotensa. Esfoliadas: descalcificação, acompanhada de esgotamento físico. Riscos verticais: alergias, asma, bronquite. Riscos verticais muito juntos cobrindo toda a unha: pulmão fraco com predisposição à tuberculose. Onduladas: indicam mudança na alimentação, climas e frequências. Unhas de aspecto rosado e brilhante: vitalidade e saúde boa. Pálidas ou azuladas: nervosismo, timidez ou angústia. Amareladas: doenças do fígado ou baço, prisão de ventre, dores de cabeça e desordens cerebrais. Esbranquiçadas: debilidade geral, cansaço, falta de apetite, insónia.

No exame das unhas, o formato também tem suas peculiaridades que devem ser levadas em conta. Triangulares; predisposição a doenças dos pulmões, cérebro e sangue. Quadradas; tendência a males do coração e da bexiga, além da possibilidade de problemas circulatórios. Ovaladas; tendência para as doenças do estômago, intestinos, rins, fígado e garganta, além de indicar possibilidades de reumatismo ou perturbações nervosas. Fracas e manchadas; fígado doente. Só com as pontas quebradas; problemas nos órgãos sexuais. Unhas rachadas e roídas; designam parasitas intestinais. Muito duras e quebradiças; condição anémica e desequilíbrio no sistema hormonal. Desfolhadas nas extremidades; lombrigas. Macias e delgadas; carência de cálcio e resistência física, acompanhada de debilidade óssea. Unhas duras; massa óssea sólida.

A coloração das unhas também permite avaliações diagnosticas, segundo esclarece Almir Itajahy e os aspectos a serem analisados são: muito brilhantes: problemas na tireóide não específicos. Muito pálidas indicam que o sangue é pobre. Pálidas com as bordas vermelhas: estagnações venosas. Muito vermelhas: problemas no coração, tendência a acessos de cólera, hiperexcitação e hipertensão. Vermelho escura: má circulação sanguínea, pletora de sangue, temperamento violento, teimosia e intranquilidade. Azuladas: circulação débil de sangue, presença de ácido carbónico; vale acrescentar que quando todas as unhas são azuladas: distúrbios generalizados. Manchas amarelas: problemas hepáticos. Verdes: desordens no fígado, bílis, icterícia. Unhas pardas até cacau: se apresentam assim, antes de febres tropicais. Cor ou mancha cinza negra: obstrução dos vasos sanguíneos. Manchas ou pontos negros escuros: presença de veneno no organismo, intoxicação constante do sangue. Se cada unha apresenta uma cor diferente, há indicação de problemas nos vasos sanguíneos e veias. Bordas visíveis, mas não implantadas: desordens gerais no organismo. Unhas que permanecem brancas, após relaxadas são indicação de anemia. Manchas ou pontos brancos, às vezes, é presença de vermes, ácido úrico, nervosismo, ansiedade, stress ou depressão crónica. Entretanto, se existem manchas ou pontos brancos bem acentuados, a pessoa faz exagerado consumo de açúcar refinado ou produtos químicos.

E não param por aí. Há ainda alguns pontos a serem observados no diagnóstico através da análise das unhas. Cutícula grossa, vermelha e descascando; excesso de proteínas. Meia-lua larga, indica pressão sanguínea alta, tendência à apoplexia. Meia-lua muito pequena; avitaminose, fraqueza e senilidade. Meia-lua grande; excelente vitalidade. Meia-lua azulada; distúrbios circulatórios e falta de ar. Meia-lua em todas as unhas ocupando um terço da unha; tiróide hiperactiva. Meia-lua pequena em todas as unhas; saúde boa, constituição forte. Ausência total de meia-lua em todas as unhas; tiróide hipoactiva. Meia-lua bem grande no polegar, em pessoas que já tiveram derrame; próximo uma hemorragia cerebral. Ausência de meia-lua no polegar de pessoas que já tiveram derrame; início de uma paralisia. Unha fácil de rasgar na mulher; desordens abdominais.

O tamanho, estrutura, composição são aspectos que devem ser cuidadosamente analisados durante o exame das unhas, pois também têm informações a passar; unhas pequenas e mirradas: nervos sensoriais hiperactivos e má nutrição acompanhada de condição degenerativa. Se o paciente é mulher, este sinal pode indicar dores nos ovário e processo degenerativo. Muito largas: nervos sensoriais hipoactivos com tendência a embotamento e melancolia. Muito longas: problemas no peito e nos pulmões. Unhas muito curtas, problemas cardíacos, tensão nervosa e predisposição a ataque nervoso, enquanto a unha muito curta algo curvada, indica dores cardíacas congénitas ou herdadas acompanhada de degeneração cardíaca. Tipo triangular: problemas no sistema nervoso central com entorpecimento e paralisia. Tipo triangular com as pontas quebradas: afecção medular unida à cardíaca. Unha estreita e alongada: constituição física muito forte acompanhada de perseverança. Tipo azeitona: sistema arterial fraco, seguido de problemas na coluna. Unha com formato em leque, indica problemas no fígado, icterícia. Unha com saliências no centro: verme nematelminto. Unha com a ponta extremamente curvada para cima: verme ancilostomíase, parasita intestinal. Saliências horizontais: deficiência de cálcio, mudança de situação, dieta ou mudança de local de país.

Nem param por aí as informações que as unhas podem passar numa avaliação para descobrir os segredos do corpo. Unha hemisférica bem convexa: tuberculose, pleurisia. Curvadas em semicírculos em todos os dedos: desordens renais desde o nascimento. Curvada em semicírculo só no anular: desordem renal recente com predisposição à hematúria. Unha com parte de cima recta: sistema linfático fraco com facilidade de adquirir papeira e amigdalite. Unhas com saliências perpendiculares: má circulação, pele sem vida e intestinos sem energia; condição ácida do organismo, catarro intestinal, reumatismo e hipertiroidismo. Unha com formato de amêndoa: desordem nutricional, afecções pulmonares e predisposição a diabetes.

O formato de garra longitudinal indica predisposição a asma bronquial, pessoa intolerante e com grande avareza. Formato de garra transversal; tendência à asma cardíaca. Formato de garra longitudinal e transversal só no polegar; asma de ascendência paterna. Formato de garra longitudinal e transversal em todos os dedos; asma de ascendência materna. Unha do polegar em forma de clava, curta e larga, identificam pessoa que facilmente fica irada e furiosa, com tendência a cometer assassinato. Unha que forma um ângulo lateralmente: mau funcionamento dos rins. Unha com curvatura em 3/4 de círculo e de cor cinza, às vezes, rosadas: constituição cancerosa. Unha com curvatura em 3/4 de círculo e de cor cinza, às vezes, rosada, azulada, arroxeada e espraiando: câncer em evidência. Unha redonda como 1/4 de esfera no indicador e normal nas demais unhas: escrofulismo na mocidade.

De acordo com a Medicina Chinesa nas unhas temos o histórico da vida pregressa e futura de uma pessoa, na área de saúde, o que possibilita ao terapeuta a realização de um trabalho preventivo. De acordo com Almir Itajahy ainda há muito mais a ser dito e analisado num diagnóstico pelas unhas. Unhas com laterais curvas para cima; desordens nervosas e tendência à paralisia e à apoplexia. Unha com depressões; desordens no baço. Ondulações transversais com vales e montes; eliminação de resíduos, intoxicação. Sulcos longitudinais e transversais; hidropsia. Unha do polegar em forma de colher; alcoolismo em uma geração anterior. Unha do dedo mínimo proporcionalmente menor que as outras na mão direita; desordens do coração em geração anterior paterna, da mesma forma na mão esquerda, revela desordens do coração em geração anterior materna. Unha do dedo mínimo curva, estreita e delgada revela predisposições à afecções na medula. Unhas côncavas; presença de parasitas no organismo, confirme olhando se a esclera (parte branca do olho) está meio azulada. Unhas com rugas horizontais; presença de vermes no organismo; pessoas assim, vivem coçando a ponta do nariz. Se as rugas são verticais, indica carência de cálcio, anemia e desnutrição. Unhas com as laterais encravadas; prenúncio de arteriosclerose e câncer. Unha com formato de colher emborcada com uma elevação muito grande no centro; problemas no fígado, males respiratórios: já se a elevação não é muito grande, indica pleurite. Unha pequena e semicircular; problemas nas funções renais.

Unha com formato de cilindro; atenção! fortes tendências ao câncer, investigar a hereditariedade. Pequena e achatada na ponta; fraqueza de origem constitucional linfática. Pequena e toda achatada, organismo que facilmente adoece de escrófulas e da garganta. Unha com formato de calçadeira; tendência a derrame cerebral. Meia-lua grande em todas as unhas, em quem tem problemas intestinais, pode ser sinal de úlcera no estômago. Também a ausência de meia lua em todas as unhas indica problemas no intestino; pode revelar úlcera no duodeno, basta observar se o paciente tem feridas no canto da boca.

O diagnóstico pelas unhas ainda tem mais e mais informações que permitem uma avaliação clínica completa de um paciente. O que pode revelar a unha cheia de rugas e facilmente quebrável? Fraqueza na pele, coração e intestinos. Rugas horizontais afastadas e rugas verticais no polegar; estagnação mental. Rugas horizontais afastadas e rugas verticais no indicador?

Erupções na pele. Rugas horizontais afastadas e rugas verticais no dedo médio, acumulação de ácido úrico nos músculos. Rugas horizontais afastadas e rugas verticais no dedo anular; doenças nos olhos, doenças respiratórias como bronquite, rinite e asma. Rugas horizontais afastadas e rugas verticais no dedo mínimo, problemas na garganta, reumatismo e desequilíbrio na bílis. Unhas rachadas nos pés; indicam consumo excessivo de drogas.

Unhas aparadas, limpas e sem esmalte são melhores de ser observadas, a fim de se precaver contra qualquer sintoma interno. A milenar sabedoria oriental nos mostra que a própria natureza revela os segredos do corpo e até da personalidade, nas nossas mãos. Basta observar e entender o que as unhas têm para nos falar.

Diagnóstico pelo rosto


O Rosto Fala
A Medicina tradicional tem o hábito de "ler" e estudar cadáveres, enquanto que a Medicina Tradicional Chinesa procura estudar o ser vivo e combater as causas das suas debilidades. Podemos retratar uma pessoa pelo seu comportamento, dados pessoais, herança, parentesco, conduta periódica, mas, jamais poderemos ler a sua mente ou o seu coração.

A Fisiognomonia teve o seu berço na Índia, quando os antigos habitantes daquele país estudavam as rugas do corpo, e as causas e origens das mesmas. Foi levada para a China, desenvolvida e estudada como diagnóstico, principalmente pelo Dr. Pen Chião, considerado o verdadeiro pai dessa ciência.

Tida como uma subdivisão da Medicina Chinesa, a Fisiognomonia é estudada actualmente por monges, magos, acupunctores, e por toda uma legião de leigos e profissionais que reconhecem o seu valor e importância como diagnóstico. Além de permitir que o especialista conheça certas particularidades do carácter da pessoa, a Fisiognomonia fornece outras informações através dos traços faciais, relacionando-os à sua saúde física, emocional e mental.

A causa pura está na sensibilidade do especialista perceber, no rosto do paciente, o diagnóstico que se manifesta, quando os detalhes são reforçados e as pequenas mudanças são tratadas como grandes mudanças, e averiguadas as mazelas que não se manifestam (pseudo-saúde). As anormalidades que se tornam perceptíveis e reclamam com dores, tornam possível o tratamento.

Trabalhoso, porém, é identificar e atacar os males ocultos, que ainda não se manifestaram. Entretanto, se um paciente se sente, por exemplo, abatido e longe de seu vigor corpóreo (refulgência), e hajam dúvidas quanto à razão dessa anomalia, isso poderá ser resolvido pelo fisiognomonista, que identificará pelo seu rosto e nas áreas específicas, os males que o afligem.

O Rosto, Como um Todo

Um exame rápido das “cinco montanhas do rosto” e dos quatro rios, acompanhado dos assentamentos característicos, tais como, cabelos, barba, bigode, costeletas e voz, dão ao terapeuta um diagnóstico bem preciso quanto à saúde do paciente.

O queixo é a montanha do Norte; a testa, a montanha do Sul; a face esquerda, a do Leste; a direita, a do Oeste ; o nariz é a montanha central, solitária, que medita sem apoio, comandando o equilíbrio da cadeia. Os quatro rios são: a boca, as orelhas, a base do nariz e os olhos. Todos devem se mostrar bem claros e limpos diante do observador, tal qual um rio. O canal, muito importante, que liga os rios e se situa entre o nariz e a boca, deve ser paralelo e um pouco profundo, para que possa ter um bom fluxo de energia, e não venha a estagnar os rios. Sinta você mesmo esse canal, situado logo acima do lábio superior, use o tacto e perceba a coincidência (caso ele não seja profundo e paralelo) que pode existir, com os problemas relacionados a um dos seus quatro rios.

A divisão do rosto em três partes proporcionais, revela o estado harmónico, ou não, da pessoa. Ressalto que o equilíbrio do rosto e da expressão facial, pode ser percebido através dos cílios, que devem estar apontando para o nariz. Devemos ter sempre em mente que a região mais desenvolvida domina as demais.

A região Celestial situa-se acima das sobrancelhas e governa o cérebro; a região Humana, que vai da sobrancelha até a base do nariz, governa as funções respiratórias; a região da Terra, que vai da base do nariz até o queixo, governa as funções digestivas.

Uma cútis sadia possui um "Chi" forte – o que torna a face vermelha com facilidade – e seu possuidor é resistente e explosivo, devido a acção.

Os homens primitivos viviam desprotegidos, expostos às intempéries, em contacto directo com a natureza. Por isso, tinham o peito e o rosto mais expandidos e, daí, serem ferozes como o tigre ou o leão. Já os homens mais modernos, de até vinte séculos atrás, são mais digestivos, evidenciando-se neles o estômago e a boca, têm o rosto comprido como o cavalo ou a cabra e, por isso, são mais calmos, mais dóceis, mais fáceis de se conduzir.

Cada biótipo revela as tendências inatas e a que determinadas doenças estamos expostos, sejamos do tipo muscular, respiratório, mental, digestivo ou misto. A cabeça grande revela, por exemplo, uma pessoa inteligente e, o pescoço também grande, denota prodígio e talento. O aparecimento de manchas acima das maçãs do rosto mostram, como um carimbo, a presença de fezes endurecidas e envelhecidas nos intestinos. O rosto confirma através de suas células físicas, espirituais e celestiais, se a pessoa teve um bom sono, se alimentou e evacuou.

O rosto feliz é aquele que reflecte harmonia e prosperidade. Quem o possui, exerce uma constante vigilância sobre si mesmo e é responsável pela sua própria saúde. Já as actividades nocivas tornam a pele áspera e promovem a carência da vitamina D, o que é prejudicial para os rins. Por outro lado, o rosto inchado, juntamente com os pés e as mãos, deixa transparecer o desequilíbrio existente entre a água e os sais minerais, no organismo.

Os cosméticos quase sempre mascaram as doenças identificáveis pelo rosto. De cada três pessoas que usam cosméticos, por exemplo, pelo menos uma é portadora de alguma doença de pele, na maioria das vezes dissimulada por esses produtos. Mas, com ou sem maquilhagem, se uma mulher tem o nariz torto para um lado, isso prenuncia um útero torto para o lado correspondente, o que pode ser confirmado pelos pés e pelo modo dela sentar-se. Já no homem, o nariz torto identifica aqueles que sofrem da próstata. Uma observação detalhada do rosto do paciente pode trazer à superficie uma série de informações importantes. Um rosto que apresente uma coloração pálida-esverdeada, denuncia um fígado e uma vesícula doentes. A coloração vermelha, revela que o coração e o intestino delgado estão com problemas, esta pessoa sorri com facilidade. A coloração amarelada mostra o estômago e o pâncreas estagnados, a pessoa arrota continuamente. A branca faz ver um pulmão e um intestino grosso falidos, esta pessoa espirra com facilidade, tem um sono irregular e irradia uma aparência de calma ou de preguiça.

Um rosto quente denuncia um estômago quente. Um rosto avermelhado, como se a pessoa tivesse ingerido uma bebida alcoólica, denuncia febre em ascendência no estômago. Aquele que sofre do Mal de Parkinson tem um rosto que parece estático, cujas feições não se alteram nunca, como se tivesse sobre ele uma máscara. Agora, cuidado: um rosto escuro e gengivas pretas sinalizam perigo!

De um modo geral, a testa e a ponta do nariz reflectem o coração; o queixo e a bolsa lacrimal relacionam-se com os rins; a região nasal denuncia o pâncreas; a bochecha esquerda identifica o fígado e, a direita, o pulmão.

A testa é um campo aberto, onde não existe nenhum órgão e ocupa, aproximadamente, trinta por cento do rosto. No passado, para se preencher este vazio, usava-se um adorno qualquer. A Fisiognomonia mostra que uma testa grande sinaliza nobreza e vida longa. Uma testa elevada, já indica uma boa função cerebral.

Já o queixo está directamente relacionado às emoções. Pessoas que o têm muito gordo e com papadas, precisam tomar cuidado com a hipertensão e a arteriosclerose.

Através de uma observação acurada, o terapeuta fisiognomonista pode perceber no rosto do doente os males que o afligem. Por exemplo, quando o rosto assume uma cor estranha, a região malar torna-se desalinhada, surge ali um vermelho muito sujo, e pode-se contar, nesse caso, com a ocorrência de problemas pulmonares. Por outro lado, vasos sanguíneos visíveis nesta mesma região, diagnosticam doenças do fígado e, mudança para outra cor, nesta área, revela doença no ânus ou nos órgãos genitais.

O formato do rosto está ligado ao temperamento (sanguíneo, linfático, bilioso, nervoso, melancólico ou colérico), e tanto a sua proporcionalidade quanto a expressão facial também revelam os sentimentos do corpo. Devemos estar atentos, por exemplo àquela pessoa que não sorri, pois a cada instante ela armazena sentimentos que podem explodir num ataque inesperado.

O rosto é o jardim da mente e o cabelo, a flor do cérebro, que narra a sua essência e perfuma os olhos, dando visão ao coração. Uma constituição alcalina do nosso sangue, propicia um corpo igualmente alcalino, gerando cabelos grossos, que dificilmente ficam brancos. A constituição ácida faz nascer cabelos finos e fracos, gerando a calvície, característica de pessoas que consomem carnes e seus derivados (alimentos ácidos).

Concluindo: o rosto deve estar em harmonia com as orelhas, que se situam à altura da base do nariz e das sobrancelhas. Estas, devem estar posicionadas bem próximas à cabeça, quanto mais próximas, melhor. Os olhos devem brilhar mais que qualquer outra superfície do corpo e, o rosto, encaixado numa cabeça sem abafanetismo. Devemos sempre lembrar que esta cabeça é a primeira que se levanta e a última que se deita.


As Orelhas

Uma orelha áspera e dura revela boa saúde. Melhor para quem possui orelhas grandes e uma boca pequena, porque este não peca pelo excesso.

Orelhas macias denunciam uma vida dependente, enquanto que orelhas magras, um coração fraco. A orelha azulada, com ferimentos que se assemelham a úlceras, e inchada, indica diabetes; orelhas grandes, com lóbulos grossos e grandes, em pessoa obesa, indicam que ela caminha para uma apoplexia. Orelhas transparentes, nas quais os vasos sanguíneos são visíveis, são características de pessoas que sofrem de doenças respiratórias. A orelha que, ao ser friccionada, não fica vermelha, sinaliza anemia, enquanto que, toda e qualquer cor anormal neste órgão caracteriza problemas circulatórios.


Os Olhos e as Sobrancelhas

Só os seres humanos possuem sobrancelhas. São elas os documentos que conservam a vida. São elas que também decidem se a vida vai ser breve ou longa. Sua função fisiológica é a de proteger os olhos contra o suor, porém, podem revelar muita coisa a um bom fisiognomonista.

Sobrancelhas ralas prenunciam prisão de ventre crónica, as muito próximas são típicas de pessoas muito nervosas.

Sobrancelhas altas denunciam inteligência nata e, as baixas, dificuldades no aprendizado. Felizes, porém, são os possuidores das chamadas sobrancelhas de dragão e da orelha das cinco fortunas, pois, tais características, são indicativos de bons presságios para seus portadores. A primeira revela uma pessoa inteligente, bom negociante e muito corajosa; aquele que teve a sorte de possui-las, será rico e respeitado e terá uma família unida e feliz. A segunda, acena com uma vida longa para o seu portador, além de, fortuna, uma casa confortável e, do mesmo modo, uma família feliz.

Já os olhos são as fontes da montanha, revelam o estado da mente. Se a pessoa é sadia, seus olhos são leves, vivos e brilhantes. Se a pessoa mostra-se surpresa, ela os arregala, se está zangada, ergue os seus cantos; se demonstra interesse por algo, eles brilham.

A paixão pode ser denunciada pelos cantos caídos, a alegria, pelo ato de apertá-los e, uma inflamação, pela secreção visível nas bordas e junto ao orifício lacrimal.

Os olhos são analisados de forma mais aprofundada pela Iridologia, que registra tudo o que se passa no Sistema Nervoso Central. Observada pela Fisiognomonia, a íris deve estar cercada, proporcionalmente, pela parte branca dos olhos (esclerótica). Nas mulheres, uma esclerótica esverdeada denota esterilidade.

Olhos ejectados, brilhantes e caídos, denunciam problemas da tiróide ou doença de Basedow. Uma pessoa com uma forte crise de asma, desloca a íris para os lados, ficando com um semblante de velho. O indivíduo vitimado por uma hemorragia cerebral tem as íris voltadas para o centro da face, enquanto que a pessoa diabética, possui a íris de um olho só voltada para a lateral e o canceroso tem-nas direccionadas para os lados, da mesma forma que os asmáticos.

Linhas verticais entre os olhos, evidenciam problemas no fígado e na vesícula biliar. Duas linhas paralelas deixam claro que o indivíduo padece de um fígado sem energia; uma única linha evidencia um baço sobrecarregado.

Rugas na testa e lábios inchados, indicam distúrbios no sistema digestivo. Um sinal preto no "Yin Tang" (ponto existente entre as sobrancelhas) é indício de uma doença de longa recuperação.

Bolsas ou círculos escuros sob os olhos, caracterizam um mau funcionamento dos rins, enquanto que um sinal entre o nariz e o olho, indicam o início de uma gastrite. Quanto às pálpebras inferiores, se inchadas e intumescidas, revelam nos homens, possibilidades de gerarem uma grande prole; se nas mulheres, assinalamos período menstrual ou uma eventual gravidez.


O Nariz

O nariz ocupa o centro do rosto humano é a colina mais alta, é o símbolo do Ego e está ligado à sexualidade. Em momentos de introspecção, quando falando ou pensando, referimo-nos a nós mesmos, apontamos para o nariz. Ele é, pois, a primeira fronteira com o mundo exterior. Só o homem possui nariz, que é o órgão que se desenvolve mais lentamente, levando, aproximadamente, vinte e seis anos.

O nariz é a flor da vida; o olho, o broto; o dente, a folha e, a orelha, o fruto. Temos plantado no pescoço um rosto bem sustentado, para que nada despenque. As narinas bem desenvolvidas esclarecem que os ministros do corpo (os pulmões) são fortes.

Um nariz inchado, oleoso e brilhante, acusa excesso de consumo de proteína animal. Nariz pequeno relaciona-se a pulmões fracos e baixa função genital; nariz comprido a uma pessoa vigorosa, inclusive quanto à actividade sexual e, possivelmente, possuidora de um genital avantajado. Um nariz curto denuncia uma falha cardíaca ou um estreitamento da aorta; o inchado e com vasos sanguíneos visíveis, evidencia a má condição do coração.

A ponta do nariz também fornece dados para o diagnóstico fisiognomônico. Nariz com a ponta esverdeada é sinal de doença crónica; com a ponta amarela, de prisão de ventre; a ponta pálida denota azia e azedume no estômago; a ponta preta, indica sinais de cansaço e stress. A coloração verde escurecida da ponta do nariz, denuncia que a pessoa sofre de fortes dores pelo corpo; se a ponta é branca, acusa temperatura e pressão baixas; já a coloração amarelo-avermelhada, denota má circulação e, em alguns casos, febre.


A Boca

A boca tem estreita relação com o cérebro (mesencéfalo) e a mente. Ela é a porta de entrada dos desejos, da paixão, do desastre e da tragédia. A boca ideal precisa ter fragrância e folhas (dentes) sadias, nela deveria caber um punho fechado.

As bocas pequenas são de pessoas que transpiram muito e a qualquer instante, devido à pouca troca de ar que ela proporciona. A boca manifesta os sabores para, desse modo, designar os órgãos a ela relacionados: os alimentos picantes, por exemplo, são exigidos pelos pulmões; os salgados, pelos rins; os ácidos, pelo fígado; os amargos, pelo coração; os doces pelo pâncreas e, os azedos, pelo estômago.

Uma boca muito pequena, com lábios infantis, erguidos, revelam problemas na bexiga, devido às forças sugadoras retardadas, que se manifestam através da enurese nocturna.

Os lábios também dão sua contribuição para a Fisiognomonia. Lábios grossos acusam grande potência sexual e, as pessoas que os têm secos e caídos, são lentas e têm tendência à longevidade; o contrário revela pessoas tagarelas e stressadas.

Lábios secos, nas mulheres, denunciam corrimento ou aborto. Lábios finos e pálidos indicam saúde frágil. Um lábio superior inchado anuncia dilatação do fígado. Já a presença de um quisto no lábio inferior direito, prenuncia problemas estomacais , acidez ou início de úlcera no lado esquerdo do estômago, acompanhados de ferimento na sola do pé esquerdo. Inversamente, a ocorrência de quistos no lábio inferior esquerdo, acusa dificuldades no lado direito do estômago, acompanhadas de ferimento na sola do pé direito.

Lábios com peles quebradiças, acusam desidratação; a pessoa que lambe o lábio superior, constantemente, inflama a garganta do lado esquerdo, ao passo que, aquela que lambe o lábio inferior, seguidamente, inflama o lado direito da garganta.

Concluindo, podemos dizer que as pessoas idosas têm propensão a deixar escorrer saliva pelos cantos da boca porque, nelas, esse órgão é frouxo e fraco e que, os portadores de lábios polpudos e salientes, são pessoas depressivas e nervosas, com acentuada propensão à histeria.


A Língua

A língua também tem seus segredos. Não é à toa que, quando uma pessoa mostra a língua, dizemos que é debochada. Ela mede a nossa saúde, sua superfície mostra sua relação com o coração, o pâncreas, o fígado e os rins. Cada uma das suas regiões está ligada a um desses órgãos e o coração parece ser o seu irmão mais próximo, devido à semelhança existente entre eles.

A língua ideal é cor-de-rosa, larga e arredondada, podendo possuir uma capa fina e húmida sobre toda a sua superfície.

A língua rachada no meio sinaliza problemas no fígado e no baço e, se esta rachadura for profunda, isto indica a ocorrência de problemas cardíacos. A coloração amarela revela problemas no fígado, na vesícula biliar e no pâncreas. Por seu turno, a cor vermelha indica úlceras ou cancro, no estômago ou nos intestinos. Já a língua com uma coloração esbranquiçada, revela excesso de muco no estômago e, aquela que não pode ser esticada para fora, em linha recta, ou que se mostra trémula, aponta problemas no cérebro e no sistema nervoso. A língua com uma capa branca, espessa, pegajosa e lisa, e opaca, tipo mofo, está relacionada a problemas no estômago, e no intestino grosso, e denuncia um intestino delgado sem energia, além de possibilidades de infecção das vias respiratórias.

Uma capa amarela, seca, sobre a língua, aliada a mãos quentes e pés frios, além de olhos vermelhos, injectados, revelam febre intestinal e secura da água corporal; mucosidade acinzentada revela, igualmente, perda de água, mas um cinza escuro e pegajoso, denuncia inflamação dos rins e debilidade das vísceras, pois os rins são os únicos órgãos que não se recompõem.

Pouca mucosidade ou um muco muito vermelho, identificam febre interna aliada a prisão de ventre e, normalmente, diabetes. Voltando à cor, podemos afirmar que língua clara é indício de infecção renal; uma ponta muito vermelha revela excesso de energia no coração mas, se a ponta do nariz for, do mesmo modo, avermelhada, isso acusa um coração inchado. Grânulos em volta de uma língua muito vermelha, significam excesso de energia nos pulmões e carência de água no organismo.

Uma língua inchada, que não cabe entre os dentes, diagnostica a ocorrência de vermes intestinais; a língua grande é característica de quem padece de hipertrofia cardíaca e, a fina, de pessoa que sofre de infecção do miocárdio ou de palpitações. Uma língua grossa e redonda caracteriza o indivíduo que tem o chamado coração de boi e , concomitantemente, problemas nas válvulas cardíacas, enquanto que uma língua acinzentada aliada à presença de gases tipificam uma pessoa vitimada por um derrame cerebral. E, atenção: mulheres grávidas com uma língua roxa ou violeta pode ser indício de morte do feto!


A Voz

O diagnóstico pelo rosto também tem na voz um importante demonstrativo, senão vejamos: a voz que apresenta uma tonalidade triste designa doença hepática enquanto que, aquela com um timbre que passa uma impressão de pressa, de urgência, assinala problemas pulmonares. A voz baixa acusa doença na bexiga, enquanto que a voz clara indica que a vesícula biliar não está bem. A voz que vai sumindo ao se falar, é típica de pessoa com problemas renais e, contrariamente, a voz ruidosa, volumosa indica que o coração não vai muito bem. Uma voz curta e entrecortada, denota doença no intestino delgado; a voz rápida, acusa problemas no estômago e, a alongada e demorada, diz-nos que o intestino grosso está doente.

A voz isolada, por vezes assustada, pode prenunciar sintoma de doença nos ossos, enquanto que a voz cantada ou chorosa, é de uma pessoa que sofre do pâncreas e tem doença estomacal. O esgotamento da vesícula biliar pode ser diagnosticado numa pessoa que briga, reclama muito e só vive dando lições de moral nos outros, e cujas unhas têm uma coloração esverdeada; o esgotamento mental pode ser percebido na voz fina, repetitiva, enquanto que prenúncios de problemas mentais podem ser descobertos pelo bom fisiognomonista numa voz que seja fina e alongada, como se a pessoa forçasse a garganta..

Monday 21 July 2008

Tomilho (Thymus vulgaris)


O tomilho possui todas as propriedades terapêuticas do serpão, com uma acção mais eficaz; a relação das suas propriedades medicinais é extensa. A dificuldade no seu uso não reside em saber quais os casos em que deve ser utilizado, mas em saber controlar as doses e a duração do tratamento.

Com efeito, o tomilho contém substâncias bastante activas, de entre as quais se salientam dois fenóis: um deles, o timol, anti-séptico, anti-espasmódico e vermífugo, faz parte da preparação de numerosos medicamentos comuns para usos internos e externos (é também um dos ingredientes utilizados pelos embalsamadores modernos); o outro, o carvacrol, é um anti-séptico muito utilizado em perfumaria.

Em Fitoterapia, utilizam-se as sumidades floridas, que podem ser colhidas a partir do mês de Abril e durante o Verão.


Habitat e distribuição

O tomilho é originário da bacia mediterrânica ocidental; encontra-se abundantemente em todo o Sul de França, Espanha, Portugal e Itália, nas colinas áridas onde as suas moitas lenhosas e baixas com folhas permanentes verdes exalam ao sol o seu aroma. Faz parte, além do loureiro, do tradicional ramo de cheiros utilizados em culinária; o café e o chá podem ser agradavelmente substituídos por uma infusão de tomilho. Tem cheiro aromático e sabor amargo.


Componentes:

Óleo essencial, álcoois, hidrocarbonetos, resina, tanino, saponósido.


Propriedades

Anti-espasmódico, anti-séptico, aperitivo, tónico, aperitivo.


Uso Tradicional

Tosse, apetite, astenia.



Chá de Tomilho
Preparação
Uma mão cheia de tomilho
Um litro de água

Processo infusão
Temperatura da água 75ºC

Descrição
Apresenta cor verde vivaz, emana um aroma balsâmico e oferece um misto de sabores.

Prazo de validade
Conserva-se cerca de 15 minutos.

Prescrição
Bebe-se uma a duas taças de preferência em jejum e no intervalo das refeições até ao meio da tarde. Na totalidade, pode beber-se um litro, diariamente.

Virtudes

Este chá tem uma acção revigorante, que se manifesta de imediato com aumento de vitalidade. É muito eficaz na prevenção ou no tratamento de infecção das vias respiratórias (gripes, catarros e tosse), gastrites, meteorismo, dores e espasmos do tubo digestivo. Aumenta a diurese e contribui para a redução de edemas e de celulite.
Para se obter melhores resultados, utiliza-se no tratamento interno e externo, simultaneamente.

Uso Externo
Este chá aplica-se directamente no tecido cutâneo ou em compressas. Para suavizar e tonificar a pele, aplica-se com a nossa própria mão, pressionando suavemente de modo a facilitar a sua absorção.
Para aliviar dores, reduzir edemas e celulite, a aplicação de compressas revela-se mais eficaz. A sua pratica continuada, durante 5 dias consecutivos, ajuda a melhorar a tonicidade e pode contribuir também para aliviar o cansaço provocado pela astenia nervosa. Decorridos três a cinco dias a peculiar fragrância do tomilho vai imprimindo-se no tecido cutâneo, começando a fazer parte da nossa natureza.

Cuidados a ter na utilização
Pela sua acção revigorante pode provocar subida da tensão arterial.
Em caso de doença ou de medicação, deve consultar o médico assistente.

Culinária
Esta planta é muito utilizada na zona mediterrânica nas receitas de aves e caça e na preparação de molhos, é ideal para substituir o sal em excesso que tantas vezes consumimos.

Curiosidades
Esta erva aromática que nos habituámos a associar à pizza, possui propriedades insuspeitas. Diz-se que a sua infusão, tal como a da salsa, quando passada pelo cabelo e deixada a repousar durante 15 minutos, fortalece a raiz e diminui a queda do cabelo.

O tomilho era ainda muito apreciado como estimulante do apetite sexual. Os lençóis da cama dos amantes deveriam ser enxaguados com água misturada com chá bem forte de tomilho!

Sunday 20 July 2008

ALBA - Associação Luso-Brasileira de Ayurvédica




Cursos de Férias em Julho - Agosto – Setembro - Lisboa e Porto e Outros Locais



LISBOA - JULHO
05-07-2008 - Curso de Massagem Ayurvedica Tradicional - Modulo I
07-07-2008 - Curso de Massagem Ayurvedica Tradicional - Modulo I
18-07-2008 - Meditação para a Calma Mental
13-07-2008 - Workshop Método Dorn Breuss
28-07-2008 - Introdução ao Hatha Yoga através do Hatha Pradipika

PORTO - JULHO
06-07-2008 - Curso de Massagem Ayurvédica Tradicional
12-07-2008 - Curso Prático de Indian Head Massage
26-07-2008 - Workshop Método Dorn Breuss

OUTROS LOCAIS - JULHO
05-07-2008 - Portimão: Curso Pratico de Indian Head Massage
13-07-2008 - Albufeira: Curso de Massagem Ayurvedica Tradicional - Modulo I

LISBOA - AGOSTO
1 - Nutrição Ayurvédica e Estilo de Vida 6 e 7 de Agosto (das 10 as 19 hs)
Professor: Médico Vaydia Dr. Swaroop Verma
Local: Sede de Lisboa Preço: 100 euros sócios / 120 euros + 50 de inscrição (não sócios). Sócios em dia com as cotas não pagam a inscrição

2 - Shri Marma Abhayanga Massage 9, 10 e 11 de Agosto (das 10 as 19 hs)
Professor: Médico Vaydia Dr. Swaroop Verma Preço: 150 euros sócios / 170 euros + 50 euros de inscrição (não sócios).
Sócios em dia com as cotas não pagam a inscrição

3 - Curso de Quiromassagem Terapêutica – Curso Intensivo
O modulo I decorre dias 2 e 3 de Agosto (sábado das 9h30 as 18 hs e domingo das 9h30 as 14 hs).
Formadora: Rosa Lecuoná
Preço Total do Curso: 780,00 € (130€ por módulo x 6)
Inscrição: 50,00 € (sócios em dia com as cotas não pagam inscrição)
Modulo II = 9 e 10 de Agosto
Modulo III = 16 e 17 de Agosto
Modulo IV = 23 e 24 de Agosto
Modulo V = 30 e 31 de Agosto
Modulo VI = 6 e 7 de Setembro

4 - Curso de Quiromassagem Terapêutica – Curso Extensivo
O modulo I inicia no dia 4 de Agosto (segundas das 19h00 as 22h30).
Formadora: Rosa Lecuoná
Preço Total do Curso: 780,00 € (130€ Mês por módulo x 6) Inscrição: 50,00 € (sócios em dia com as cotas não pagam inscrição)
Duração: 6 meses (Agosto 2008 a Fevereiro 2009)

5 - Introdução ao Hatha Yoga através do Hatha Pradipika
Curso a ser ministrado pela Escola Narayana de São Paulo em Lisboa e no Porto.
Porto dias 02 e 03 de Agosto, pós laboral, das 9h às 18h00 e em Lisboa de 28 de Julho a 01 de Agosto, pós laboral das 19h as 22h30
Preço: 100 euros sócios / 120 Euros (não sócios)
O curso oferece uma visão geral do hatha yoga.
O conteúdo abrange: os dezesseis asanas do texto os oito pranayamas, os dez mudrás, os seis shat karmas e o nadanusandhana.
Este curso compacto tem obtido um ministrado no Brasil com grande sucesso para futuros professores de Yoga

6 - Curso Super Intensivo de Massagem Ayurvédica
Módulos I e II Modulo I - de 2 de Agosto a 10 de Agosto (Sábado e Domingo o dia todo / Pós-laboral das 19 as 22h30)
Modulo II - 11 de Agosto a 17 de Agosto (Sábado e Domingo o dia todo / Pós-laboral das 19 as 22h30) 7 - Curso Prático de Indian Head Massage Duração:
Um Sábado e Domingo o dia todo + 1 dia extra o dia todo para revisão e pratica.
Total de hs efectivas: 24 hs
Datas: 23, 24 e 31 de Agosto

PORTO - AGOSTO

1 – Curso Super Intensivo de Massagem Ayurvédica
- Modulos I e II Modulo I - de 2 de Agosto a 10 de Agosto (Sábado e Domingo o dia todo / Pós-laboral das 19 as 22h30)
Modulo II - 11 de Agosto a 17 de Agosto (Sábado e Domingo o dia todo / Pós-laboral das 19 as 22h30)

2 – Introdução ao Hatha Yoga através do Hatha Pradipika

Curso a ser ministrado pela Escola Narayana de São Paulo em Lisboa e no Porto.
Porto dias 02 e 03 de Agosto, pós laboral, das 9h às 18h00 e em Lisboa de 28 de Julho a 01 de Agosto, pós laboral das 19h as 22h30
Preço: 100 euros sócios / 120 Euros (não sócios) O curso oferece uma visão geral do hatha yoga O conteúdo abrange: os dezasseis asanas do texto os oito pranayamas, os dez mudrás, os seis shat karmas e o nadanusandhana.
Este curso compacto tem obtido um ministrado no Brasil com grande sucesso para futuros professores de Yoga

LISBOA – SETEMBRO 07-09-2008

Curso de Massagem Ayurvedica Tradicional

Modulo I 08-09-2008 -Curso de Massagem Ayurvedica Tradicional
Modulo I

PORTO SETEMBRO 20-09-2008 -
Curso de Iniciação Prática ao Ayurveda-Vyayam

28-09-2008 -

Curso de Formação em Drenagem Linfática Manual

20-09-2008 - Curso Pratico de Indian Head Massage 13-09-2008

Curso de Massagem Ayurvedica Tradicional

13-09-2008
Curso de Quiromassagem Terapêutica
Fins de Semana

OUTROS LOCAIS
SETEMBRO

06-09-2008 - Leiria: Curso Pratico de Indian Head Massage
27-09-2008 - Funchal: Curso de Massagem Ayurvedica Tradicional - Modulo I

Informações: Geral: 960448999 / 919075904 / 217930167
Mail: ayurvedica@ayurvedica.org

Shimeji e Hiratake (Pleurotus)



Shimeji e Hiratake
Pleurotus


Nomes vulgares:
Pleurotus

Várias espécies:
Os cogumelos Shimeji pertencem ao género Pleurotus, e também são conhecidos por suas variedades Pleurotus ostreatus ou "oyster" (cinza e branco), Pleurotus eryngii (Caetetuba ou Cardoncello), Pleurotus sajor-caju, Pleurotus ostreatus ou "oyster" (cinza e branco) e também Hiratake são muito populares no mundo todo por causa do seu sabor, o seu alto valor nutricional e a sua versatilidade na composição dos mais variados pratos, das mais diversas cozinhas.

Habitat e distribuição: Ásia, Europa Central, América do Sul

Partes utilizadas: Corpos frutíferos (carpóforos)

Constituintes:
Contém lovastatina que é um redutor do colesterol e Pleuromutilina

Propriedades Terapêuticas:
As propriedades medicinais de Pleurotus são conhecidas na Ásia, Europa Central, América do Sul. Estudos mostram que o género possui a capacidade de modular o sistema imunológico, possui actividade hipoglicémica e antitrombótica, diminui a pressão arterial e o colesterol sanguíneo, possui acção antitumoral, anti-inflamatória e anti-microbiana.

Actividade cardiovascular e redução do colesterol: O melhor e mais conhecido agente farmacológico redutor de colesterol é a lovastatina. Estudos apontam que espécies de Pleurotus são, entre os basidiomicetos, as de maior potencial produtor de lovastatina. Entre as espécies produtoras o Pleurotus ostreatus, é o maior produtor, sendo a lovastatina, encontrada nos seus corpos frutíferos nas diferentes fases do seu desenvolvimento. Muitos cientistas, verificaram a redução de colesterol a partir de uma dieta com corpos frutíferos de Pleurotus ostreatus em pó.

Actividade anti-inflamatória e anti-viral:
Efeitos imunológicos de glucanos, produzidos pelos Pleurotus, foram observados, não apenas contra células cancerígenas, mas também contra infecções virais, por produzirem o agente antiviral pleuromutilina, activa contra o vírus da gripe. Os cogumelos Pleurotus eryngii e Pleutotus ostreatus, são recomendados pela Medicina Tradicional Chinesa para problemas nas articulações e para relaxamento muscular. O pó desses cogumelos é efectivo no tratamento de lumbago, problemas com tendões e má circulação sanguínea.

Actividade anti-microbiana:
Na década de 40, foram estudadas actividades antimicrobianas de várias espécies de fungos. As substâncias antimicrobianas sintetizadas pelos cogumelos do género Pleurotus podem ser divididas em: polissacáridos de baixo peso molecular, que em alguns casos também apresentam acção anticancerígena e antiviral, em resposta à estimulação do sistema imunológico; metabólicos secundários, derivados de compostos terpenóides e; em diferentes derivados de proteínas. Pesquisas científicas mostraram que extractos derivados de corpos frutíferos de várias espécies de Pleurotus produzem actividade antibiótica, especialmente contra Staphylococcus aureus.

Actividade anti-tumoral:
As maiorias das pesquisas sobre efeitos antitumorais de cogumelos foram conduzidas no Japão, onde foram estudados os potenciais anti-carcinogénicos de diversos basidiomicetos, incluindo espécies do género Pleurotus. De acordo com uma dessas pesquisas o extracto de Pleurotus ostreatus inibiu 75,3 % do tumor Sarcoma 180, transplantado em ratos, após 10 dias de tratamento. Após cinco semanas o tumor desapareceu completamente.

Sazonalidade:
Disponível o ano todo.

Armazenamento:
Armazenar em ambiente fresco e seco, por 2 anos, a partir da data da produção.

Rehidratação:
Para rehidráta-los, mergulhe-os em água quente por 2 a 5 minutos, em água fria, vinho ou caldos por 30 minutos e guarde o líquido para adiciona-lo como flavorizante aos pratos a serem preparados. Uma porção de 10g, rehidratados corresponde a 100g de cogumelos frescos.

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Fonte:
"Cogumelos Orientais usados como remédio"

Autora: Maria da Luz Cardoso

(Trabalho apresentado à ESTAL - Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa - como requisito para o Curso de Pós-Graduação em Terapêuticas Não Convencionais)
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Saturday 19 July 2008

Reishi (Ganoderma lucidum)



Reishi
Ganoderma lucidum



Família: Ganodermatáceas

Nomes vulgares: Reishi (em japonês), Ling zhi (em chinês).

Habitat e distribuição: Cogumelo anual originário das regiões tropicais do Oriente. Cresce preferentemente sobre madeira viva ou morta de árvores caducas, em florestas de carvalho (Quercus do sul e bosques de ácer do nordeste, hoje, também, obtido por cultura.

Partes utilizadas: Corpos frutíferos (carpóforos).

Constituintes: Poli-holósidos (45%) de elevado peso molecular (glucosanas, arabinogalactanas, ganoderanas), triterpenos derivados do ácido ganodérico e lanostanóico, esteróides, ácidos gordos insaturados, aminoácidos, proteínas, glicoproteínas (lectinas) e sais minerais.

Farmacologia e Actividade Biológica: Os poli-holósidos e as glicoproteínas apresentam uma actividade Imunoestimulante, anticancerígena (aumenta a produção de citocinas pelos macrófagos e linfócitos T e os níveis de interleucina) e antiviral. Os triterpenos são responsáveis pela acção anti-inflamatória, hipolipemiante e hepatoprotectora ao normalizarem a estrutura hepática alterada. Tem actividade antiagregante plaquetária, relaxante muscular e anti-hipertensora. Acção antialérgica e anti-radicalar.

Propriedades Terapêuticas: É um incrementador do sistema imunológico a é usado contra uma grande variedade de doenças. O Reishi é dos melhores “medicamentos” para o tratamento de asma, é excelente para aliviar alergias, problemas digestivos, insónia e pressão sanguínea alta. O Reishi apresenta outros benefícios cardiovasculares também; há alguma evidência de que reduz os níveis de colesterol e reduz a aderência plaquetária, um dos factores que contribuem para os ataques cardíacos).

Usos Etnomédicos e Médicos: Foi comprovado ser útil na cirrose hepática, hepatites agudas e crónicas. Como protector celular durante os tratamentos oncológicos. Em situação de imunodeficiência e processos alérgégico. Na hipertensão, diabetes e hiperlipidémias como antitrombótico e antiarteriosclerose. Artralgias e mialgias. Insónia e nervosismo.

Principais indicações: Doenças crónicas como imunoestimulante, hepatoprotector, anti-viral e anti-tumoral. Coadjuvante do tratamento na diabetes mellitus.

Contra indicações: Não são conhecidas.

Efeitos Secundários e Toxicidade: Inicialmente pode produzir-se uma descompensação nos níveis de glicose, que nos doentes com diabetes deverá a glicémia ser controlada.

Precauções: Nas gastralgias, associar uma planta emoliente, como a alteia e tomar após as refeições.

História: Na China, por mais de 2000 anos, foi chamado de "Erva de Deus". Também conhecido por seu nome chinês "Ling Zhi", a sua reputação tem crescido por ser efectivo no tratamento de uma extensa gama de doenças. Os Imperadores chineses, ao longo de várias dinastias ordenavam aos seus criados que procurassem cogumelos Reishi selvagens, encontrados nas montanhas, em regiões distantes, acreditando que o seu consumo lhes traria a eterna juventude e muita saúde. Os seus milagrosos poderes de cura apesar de terem sido empregados pelas culturas Orientais há muitos séculos, somente nos últimos 30 anos foram apresentadas ao mundo Ocidental. Os efeitos do Reishi são legendários por causa de sua eficácia médica, pela ausência de toxinas e efeitos colaterais desfavoráveis. Como é um cogumelo raro na natureza (não nasce espontaneamente), até o final do século XX, o Reishi era reservado principalmente para uso da realeza asiática ou indivíduos ricos. Actualmente, ele é cultivado no Japão e disponível para a população em geral.

Lendas e Mitos: Celebrado na arte e literatura chinesa como o "cogumelo da imortalidade", Reishi tem sido usado há muito tempo na Ásia como um tónico para promover a longevidade, incrementar a saúde em geral e acelerar a recuperação de doenças. Existe uma fórmula na China que pode ser traduzida como "proteger um académico de seu próprio cérebro" ou seja, a pessoa tem um cérebro que lhe escapa ao controle, como um cão correndo atrás do próprio rabo. Reishi é bom para esse tipo de situação, ele actua como um relaxante para fortalecer pessoas ansiosas e desgastadas.

Espécies: Existem 6 espécies de cogumelo Reishi, a mais comum e extensamente estudada e cultivada é a Red Reishi (Reishi vermelho). Os cogumelos Reishi (vermelhos) são primariamente compostos por complexos hidratos de carbono denominados de polissacarídeos, triterpenóides, proteínas e aminoácidos. Estudos indicam que estes polissacarídeos, os princípios activos do Reishi, são responsáveis por fortalecer o sistema imunológico. Médicos chineses e japoneses há muito tempo usam ervas como ginseng, brasenia e astrágalo (combinadas com o Reishi) para reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia em pacientes com patologias oncológicas. Além disso, o ácido ganoderico do Reishi tem se mostrado excelente auxilio no tratamento de alergias comuns, pela inibição dos mediadores químicos da inflamação.

Uso Culinário: Devido a seu gosto amargo, o Reishi é pouco usado como alimento.

Onde encontrá-lo: O Reishi pode ser encontrado em lojas de produtos naturais e mercados orientais em várias formas: inteiro e seco e numa variedade de pós, pílulas, extractos, xaropes ou chás, isolado ou combinado com outras ervas. Ferver o cogumelo fibroso para fazer um chá calmante.

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Fonte:
"Cogumelos Orientais usados como remédio"

Autora: Maria da Luz Cardoso

(Trabalho apresentado à ESTAL - Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa - como requisito para o Curso de Pós-Graduação em Terapêuticas Não Convencionais)
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Breve introdução à Nova Fisiologia Humana



Já alguma vês te sentiste tão irritado/a com alguém ou alguma coisa que ficaste fisicamente maldisposto/a? Todas as emoções negativas criam um ambiente interno ácido. Já alguma vez ouviste alguém a queixar-se sobre um problema com a afirmação “isto está-me a consumir!” ou “Isto mata-me!”. Pois a verdade é mesmo essa.

O medo é a causa da maioria das doenças. É o causador de muitos dos problemas que afectam a tua vida e a tua saúde. O medo causa raiva. A raiva dá origem ao ódio. O ódio consome-te com um sofrimento continuado. O amor e a compreensão limpam e curam o corpo ao criar um ambiente interno alcalino.

O hipotálamo é o centro de controlo para a maioria dos sistemas hormonais do corpo. Células no hipotálamo produzem uma hormona chamada CRF (Factor Libertador de Corticotropina) em resposta a qualquer tipo de stress físico ou psicológico. O hipotálamo secreta esta hormona, a qual por sua vez se liga a receptores específicos em células da pituitária, as quais produzem ACTH (hormona adrenocorticotropica). ACTH é transportada no sangue até aos seus alvos, as glândulas supra-renais, as quais produzem hormonas específicas de resposta ao stress, aumentando a produção e secreção de cortisol. A libertação de cortisol dá inicio a uma série de efeitos metabólicos que têm por objectivo aliviar os efeitos negativos do stress através de um feedback negativo do hipotálamo e pituitária anterior, o qual diminui a concentração de ATH e cortisol no sangue uma vez que o estado de stress desapareça.

Este mecanismo era útil quando o medo podia ser causado por uma fera prestes a comer-nos! Ou quando íamos para o campo de batalha. Nos nossos dias muito dificilmente enfrentaremos situações em que a nossa vida corra um risco real. Mas o hipotálamo não sabe distinguir entre o leão que nos quer comer e o medo de chegar atrasados, ou muito piro ainda, o medo de alguém não gostar de nós tal como somos. Qualquer destas situações é um agente provocador de stress. O medo de morrer afogado e o medo do pai castigar são ambos agentes causadores de stress. O medo de cair numa falésia e o medo de ser criticado pelos colegas é o mesmo para o hipotálamo. Muito simplesmente, para o hipotálamo, medo é medo. E irá sempre reagir da mesma maneira.

Mas a libertação destas hormonas no sangue vai provocar uma acidificação do corpo. Com tempo, normalmente antes dos 8 anos de idade, o nosso corpo torna-se um ambiente ácido. De que forma esta acidez nos afecta? Vejamos alguns exemplos.

Coração
O coração é um dos órgãos mais dependentes de um ambiente alcalino para o seu bom funcionamento. É enervado em parte pelo nervo vago, o qual funciona melhor num ambiente alcalino. O batimento cardíaco é alterado por desperdícios metabólicos ácidos. Estes desperdícios roubam oxigénio ao sangue dando origem a um processo degenerativo do coração.

Estômago
As dificuldades digestivas podem indicar problemas no nervo vago (sensação de inchaço, sensibilidade à volta do abdómen, soluços, regurgitação, flatulência, falta de apetite, náuseas, vómitos, diarreia, obstipação e cólicas) e uma possível hérnia do hiato, a qual pode produzir um resíduo ácido em todo o sistema. Uma hérnia do hiato pode reduzir rapidamente a quantidade de ácido hidroclórico no estômago. Sem a presença correcta deste ácido no estômago a comida não é digerida convenientemente, tornando-se mais ácida.

Fígado
O fígado executa mais de 500 funções diferentes, incluindo o processamento de toxinas ácidas no sangue e produção de enzimas alcalinas. É também a primeira linha de defesa contra qualquer tipo de veneno (incluindo muitos dos medicamentos receitados inconsequentemente). Todos os nutrientes que entram no corpo através do tracto gastrointestinal passam pelo fígado. Tudo isto pode sobrecarregar o fígado quando resíduos metabólicos ácidos abundam na corrente sanguínea. Se o fígado se torna congestionado pelo excesso de ácidos proteicos a morte torna-se eminente.

Pâncreas
O pâncreas é um dos órgãos mais dependentes de uma dieta equilibrada em termos de acidez. Na verdade este órgão necessita de um ambiente alcalino para poder funcionar correctamente. O pâncreas é um dos órgãos mais activos na redução dos níveis ácidos no corpo assim como também é o regulador dos níveis de açúcar no sangue. Para manter um nível óptimo de açúcar no sangue é importante fazer uma dieta promotora de um ambiente interno alcalino.

Intestino Delgado
Os intestinos são fundamentais para a absorção de nutrientes assim como para a produção de linfócitos necessários ao sistema linfático. Quando o quilo tem origem em alimentos ácidos (todas as proteínas animas produzem no corpo um ambiente ácido) o intestino tem que produzir mais enzimas para poder enfrentar este ataque acídico. Um excesso de ácido nos intestinos irá causar uma má absorção de nutrientes bem como uma subprodção de linfócitos.


Rins
Num adulto os rins filtram, em média, 1 litro de sangue por minuto. Os rins mantêm o pH do sangue alcalino. Rins que tenham que lidar com um sangue muito ácido irão produzir cálculos renais, os quais são compostos pelos desperdícios ácidos das células e minerais em excesso.

Intestino Grosso
É importante manter o intestino grosso livre de resíduos ácidos que têm uma tendência a acumular-se aqui. Toxinas também se acumulam no intestino grosso podendo causar tanto um estado de obstipação como de diarreia. No caso de obstipação, estas toxinas são muitas vezes reabsorvidas para a corrente sanguínea.

Sistema Linfático
O nosso corpo possui entre 600 a 700 nódulos linfáticos. A linfa transporta alguns nutrientes e remove os resíduos resultantes do metabolismo celular. É também parte do nosso sistema de defesas contra agentes externos causadores de stress (bactérias, toxinas, vírus).
A linfa flui muito melhor num ambiente alcalino. Quando o ambiente interno se torna ácido a linfa flui de maneira mais lenta, podendo muitas vezes criar uma situação crónica e que coloca a vida do indivíduo em risco. Eventualmente inicia um processo de secagem (torna-se literalmente seca) e cria adesões ao longo dos tecidos. Estas adesões interferem não só com a fluidez da linfa mas também com a própria fluidez sanguínea.
Um fluxo lento de linfa aumenta o armazenamento de resíduos ácidos. Beber pouca água também provoca um espessamento da linfa (e, consequentemente, mais lentidão no fluxo). Os resíduos resultantes da digestão que não sejam eliminados entram também na circulação sanguínea através dos ductos linfáticos no intestino delgado.

E agora, já pensou no que vai comer a seguir? E quantas vezes vai mastigar cada pedaço de alimento, por forma a dar início a uma digestão correcta? E quantos copos de água vai beber ainda hoje? Sabia que não há um mínimo ou máximo de água a ingerir, o importante, para uma pessoa saudável, é mictar 8 a 10 vezes por dia. Se não vai à casa de banho urinar pelo menos 8 a 10 vezes por dia o seu consumo de água está abaixo das necessidades do seu corpo.

Mas mais importante ainda: de que é que vai ter medo hoje? O que é que o/a vai impedir de ser quem é hoje? Escolha ser alegria e contagie meia dúzia de pessoas à sua volta, vai ver que a quantidade de alegria (e o pH do seu sangue) irá aumentar consideravelmente!

Bem-haja pelo quanto respeita o seu corpo, hoje.

Emídio Carvalho