Saturday, 19 July 2008

Breve introdução à Nova Fisiologia Humana



Já alguma vês te sentiste tão irritado/a com alguém ou alguma coisa que ficaste fisicamente maldisposto/a? Todas as emoções negativas criam um ambiente interno ácido. Já alguma vez ouviste alguém a queixar-se sobre um problema com a afirmação “isto está-me a consumir!” ou “Isto mata-me!”. Pois a verdade é mesmo essa.

O medo é a causa da maioria das doenças. É o causador de muitos dos problemas que afectam a tua vida e a tua saúde. O medo causa raiva. A raiva dá origem ao ódio. O ódio consome-te com um sofrimento continuado. O amor e a compreensão limpam e curam o corpo ao criar um ambiente interno alcalino.

O hipotálamo é o centro de controlo para a maioria dos sistemas hormonais do corpo. Células no hipotálamo produzem uma hormona chamada CRF (Factor Libertador de Corticotropina) em resposta a qualquer tipo de stress físico ou psicológico. O hipotálamo secreta esta hormona, a qual por sua vez se liga a receptores específicos em células da pituitária, as quais produzem ACTH (hormona adrenocorticotropica). ACTH é transportada no sangue até aos seus alvos, as glândulas supra-renais, as quais produzem hormonas específicas de resposta ao stress, aumentando a produção e secreção de cortisol. A libertação de cortisol dá inicio a uma série de efeitos metabólicos que têm por objectivo aliviar os efeitos negativos do stress através de um feedback negativo do hipotálamo e pituitária anterior, o qual diminui a concentração de ATH e cortisol no sangue uma vez que o estado de stress desapareça.

Este mecanismo era útil quando o medo podia ser causado por uma fera prestes a comer-nos! Ou quando íamos para o campo de batalha. Nos nossos dias muito dificilmente enfrentaremos situações em que a nossa vida corra um risco real. Mas o hipotálamo não sabe distinguir entre o leão que nos quer comer e o medo de chegar atrasados, ou muito piro ainda, o medo de alguém não gostar de nós tal como somos. Qualquer destas situações é um agente provocador de stress. O medo de morrer afogado e o medo do pai castigar são ambos agentes causadores de stress. O medo de cair numa falésia e o medo de ser criticado pelos colegas é o mesmo para o hipotálamo. Muito simplesmente, para o hipotálamo, medo é medo. E irá sempre reagir da mesma maneira.

Mas a libertação destas hormonas no sangue vai provocar uma acidificação do corpo. Com tempo, normalmente antes dos 8 anos de idade, o nosso corpo torna-se um ambiente ácido. De que forma esta acidez nos afecta? Vejamos alguns exemplos.

Coração
O coração é um dos órgãos mais dependentes de um ambiente alcalino para o seu bom funcionamento. É enervado em parte pelo nervo vago, o qual funciona melhor num ambiente alcalino. O batimento cardíaco é alterado por desperdícios metabólicos ácidos. Estes desperdícios roubam oxigénio ao sangue dando origem a um processo degenerativo do coração.

Estômago
As dificuldades digestivas podem indicar problemas no nervo vago (sensação de inchaço, sensibilidade à volta do abdómen, soluços, regurgitação, flatulência, falta de apetite, náuseas, vómitos, diarreia, obstipação e cólicas) e uma possível hérnia do hiato, a qual pode produzir um resíduo ácido em todo o sistema. Uma hérnia do hiato pode reduzir rapidamente a quantidade de ácido hidroclórico no estômago. Sem a presença correcta deste ácido no estômago a comida não é digerida convenientemente, tornando-se mais ácida.

Fígado
O fígado executa mais de 500 funções diferentes, incluindo o processamento de toxinas ácidas no sangue e produção de enzimas alcalinas. É também a primeira linha de defesa contra qualquer tipo de veneno (incluindo muitos dos medicamentos receitados inconsequentemente). Todos os nutrientes que entram no corpo através do tracto gastrointestinal passam pelo fígado. Tudo isto pode sobrecarregar o fígado quando resíduos metabólicos ácidos abundam na corrente sanguínea. Se o fígado se torna congestionado pelo excesso de ácidos proteicos a morte torna-se eminente.

Pâncreas
O pâncreas é um dos órgãos mais dependentes de uma dieta equilibrada em termos de acidez. Na verdade este órgão necessita de um ambiente alcalino para poder funcionar correctamente. O pâncreas é um dos órgãos mais activos na redução dos níveis ácidos no corpo assim como também é o regulador dos níveis de açúcar no sangue. Para manter um nível óptimo de açúcar no sangue é importante fazer uma dieta promotora de um ambiente interno alcalino.

Intestino Delgado
Os intestinos são fundamentais para a absorção de nutrientes assim como para a produção de linfócitos necessários ao sistema linfático. Quando o quilo tem origem em alimentos ácidos (todas as proteínas animas produzem no corpo um ambiente ácido) o intestino tem que produzir mais enzimas para poder enfrentar este ataque acídico. Um excesso de ácido nos intestinos irá causar uma má absorção de nutrientes bem como uma subprodção de linfócitos.


Rins
Num adulto os rins filtram, em média, 1 litro de sangue por minuto. Os rins mantêm o pH do sangue alcalino. Rins que tenham que lidar com um sangue muito ácido irão produzir cálculos renais, os quais são compostos pelos desperdícios ácidos das células e minerais em excesso.

Intestino Grosso
É importante manter o intestino grosso livre de resíduos ácidos que têm uma tendência a acumular-se aqui. Toxinas também se acumulam no intestino grosso podendo causar tanto um estado de obstipação como de diarreia. No caso de obstipação, estas toxinas são muitas vezes reabsorvidas para a corrente sanguínea.

Sistema Linfático
O nosso corpo possui entre 600 a 700 nódulos linfáticos. A linfa transporta alguns nutrientes e remove os resíduos resultantes do metabolismo celular. É também parte do nosso sistema de defesas contra agentes externos causadores de stress (bactérias, toxinas, vírus).
A linfa flui muito melhor num ambiente alcalino. Quando o ambiente interno se torna ácido a linfa flui de maneira mais lenta, podendo muitas vezes criar uma situação crónica e que coloca a vida do indivíduo em risco. Eventualmente inicia um processo de secagem (torna-se literalmente seca) e cria adesões ao longo dos tecidos. Estas adesões interferem não só com a fluidez da linfa mas também com a própria fluidez sanguínea.
Um fluxo lento de linfa aumenta o armazenamento de resíduos ácidos. Beber pouca água também provoca um espessamento da linfa (e, consequentemente, mais lentidão no fluxo). Os resíduos resultantes da digestão que não sejam eliminados entram também na circulação sanguínea através dos ductos linfáticos no intestino delgado.

E agora, já pensou no que vai comer a seguir? E quantas vezes vai mastigar cada pedaço de alimento, por forma a dar início a uma digestão correcta? E quantos copos de água vai beber ainda hoje? Sabia que não há um mínimo ou máximo de água a ingerir, o importante, para uma pessoa saudável, é mictar 8 a 10 vezes por dia. Se não vai à casa de banho urinar pelo menos 8 a 10 vezes por dia o seu consumo de água está abaixo das necessidades do seu corpo.

Mas mais importante ainda: de que é que vai ter medo hoje? O que é que o/a vai impedir de ser quem é hoje? Escolha ser alegria e contagie meia dúzia de pessoas à sua volta, vai ver que a quantidade de alegria (e o pH do seu sangue) irá aumentar consideravelmente!

Bem-haja pelo quanto respeita o seu corpo, hoje.

Emídio Carvalho

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