Saturday, 27 December 2008

"Dieta do Tipo Sanguíneo"


Por: Dra. Berenice Wilke

A "Dieta do Tipo Sanguíneo" iniciou com os estudos do médico Naturopata Dr. James D'Adamo que publicou seu primeiro livro em 1982.
Esta dieta teve um grande impulso com a publicação, pelo seu filho, também médico Naturopata, Dr. Peter J. D'Adamo, em 1996 do livro "Eat Right For Your Type" onde o autor mostrou algumas correlações históricas, antropológicas e fisiológicas dos tipos de sangue A, B, AB e O com os alimentos, com a personalidade e com o estilo de vida.
Posteriormente, novas descobertas levaram a um aperfeiçoamento maior das recomendações, levando em conta o fato do indivíduo secretar, ou não, os antígenos do seu tipo de sangue nas secreções do corpo (saliva, muco, secreções intestinais, urina, etc..). Diversos autores, principalmente no Japão e USA, tem escrito livros sobre a influência do tipo de sangue na personalidade.
Saúde é o resultado da inter-relação entre os factores ambientais, alimentares, modo de vida, stress, actividades físicas, actividades de relaxamento, alimentação com a carga genética de cada indivíduo. Cada ser humano é único, tem um código genético próprio e diferente de todos os outros, por isso, não existe uma única dieta ou um estilo de vida que sirva a todos. As directrizes que a dieta do tipo sanguíneo fornece levam em conta as características genéticas de cada um, auxiliando na compreensão tanto dos alimentos, quanto da forma de viver que propicia uma vida mais longa e saudável.
A chave para o entendimento das relações entre dieta e estilo de vida com o tipo de sangue se encontram na história da humanidade. O tipo O foi o tipo de sangue encontrado nos primeiros humanóides, os Neandertalenses, que parecem ter vivido há 130.000 anos atrás na África. É provável que ingerissem uma dieta crua a base de plantas silvestres, insectos e restos de animais mortos por seus predadores. Tinham uma actividade física e uma secreção ácida gástrica intensa, o que propiciava uma dieta rica em proteínas de origem animal. No período de 25.000 a.C. a 15.000 a.C. o homem passou de caçador colector para um modo de vida mais agrário-domesticador, passando a ingerir grãos e a viver de forma mais estável em colectividades.
Neste período houve uma mutação genética para propiciar uma melhor adaptação do homem ao seu novo meio ambiente, com o aparecimento do sangue de tipo A, que veio associada a mudanças no metabolismo de diversos órgãos, na personalidade, no perfil de stress, na capacidade física, no sistema imunológico e nas enzimas digestivas com redução da acidez gástrica. Essas mudanças no sistema digestivo capacitaram o homem do tipo A a digerir melhor os grãos e outros alimentos consumidos na época.

O homem de tipo A tem uma capacidade de defesa contra infecções maior que o tipo O propiciando uma maior chance de sobrevivência em agrupamentos densamente povoados.
O tipo B surgiu após a fusão e migração das raças da África para a região do Himalaia, hoje Paquistão e Índia, provavelmente entre o ano 15.000 a.C e 10.000 a.C. A mutação surgiu provavelmente para uma melhor adaptação ao clima e a volta de uma alimentação carnívora com a introdução na dieta do leite e seus derivados, própria dos Mongóis.
A moderna miscigenação de grupos diferentes entre 500 a.C e 900 d.C deu origem ao tipo de sangue AB, que é o mais raro. Cada tipo sanguíneo constitui uma mensagem genética dos comportamentos e dietas de seus ancestrais, ou seja, o ser humano carrega no seu sangue uma parte da memória da história da humanidade.
O estudo do tipo de sangue nos ajuda a compreender qual a melhor forma de viver em harmonia com o nosso genoma, para desfrutarmos de mais saúde e longevidade.


Grupo Sanguíneos - ABO

O sistema ABO é composto de 4 tipos básicos de sangue: A, B, AB e o O. Cada tipo de sangue produz um antígeno que é a característica do sangue e um anti-corpo contra os outros tipos de sangue.

Sangue Antígeno Anticorpo
O H Anti A e anti B
A A Anti B
B B Anti A
AB AB nenhum
ABO - Secretor ou Não Secretor


Embora todas as pessoas tenham o antígeno do sistema ABO no sangue, 80% das pessoas têm também este antígeno nas suas secreções (saliva, urina, espermatozóides e mucos) e são chamados de secretores em contrapartida com os não secretores que não apresentam o antígeno do sistema ABO nas secreções do corpo. Existem diferenças substanciais entre pessoas secretoras e não secretoras nos tipos de alimentos que podem ser consumidos e nas doenças mais frequentemente associadas a cada tipo sanguíneo.
Os não secretores tem uma incidência maior de doenças cárdio-vasculares, diabetes, hipoglicemia, doenças infecciosas, cáries e doenças auto imunes. 80% dos casos de Fibromialgia ocorrem em não secretores.


Como o Tipo de Sangue Interfere com Características Diversas como: Alimentação, Actividade Física e Personalidade???

A resposta a essa pergunta se encontra em diversos sistemas metabólicos que muitas vezes são ligados diretamente ao tipo de sangue e outras vezes sofrem a influencia do mesmo:
1. Gene linkage
2. Lectinas
3. Reação dos Alimentos com os Anticorpos do Sistema ABO
Gene Linkage

Foi descoberto que alguns genes que ficam no mesmo cromossomo que o do tipo de sangue vem mais freqüentemente associados a um determinado tipo de sangue. Além disso, o gene de cada tipo de sangue pode interferir com a maior ou menor expressão de um gene vizinho. Por exemplo, o gene do câncer de mama tem maior incidência e maior letalidade no grupo A. O gene da acidez estomacal interage com o gene da acidez estomacal promovendo um pH mais acido no grupo O, o que permite uma melhor digestão da carne e ao mesmo tempo uma maior frequência de úlceras e gastrites neste grupo. Diversas enzimas que actuam no sistema neurológico, como por exemplo a dopamina B hidroxilase, que modula a síntese de norarenalina está aumentada no grupo O, propiciando maior stress adrenérgico.
Essa interferência entre o gene do tipo de sangue com os diversos genes do mesmo cromossoma influencia em características diversas do indivíduo como:
1. sistema digestivo,
2. personalidade,
3. actividades físicas e de relaxamento mais propícias,
4. doenças mais frequentes.


Lectinas


As lectinas são proteínas presentes nos alimentos que reagem com os antígenos do sistema ABO causando aglutinação das células do sangue, ou seja, um alimento pode ser nocivo às células de um tipo de sangue e benéfico a outro. Em termos simples, quando você come um alimento que contém lectinas incompatíveis com o seu tipo sanguíneo, ocorre aglutinação do sangue com lesão do órgão onde a aglutinação ocorre: tiróide, rins, fígado, pâncreas, cérebro, etc.
As lectinas causam reacções fortíssimas no sistema digestivo com inflamação da mucosa intestinal semelhante à encontrada nas alergias alimentares. Por exemplo, a farinha de trigo causa uma irritação importante na mucosa intestinal principalmente nas pessoas de tipo O.
O sistema nervoso é muito sensível aos efeitos da aglutinação do sangue causada pelas lectinas. Isto explica porque a alimentação sem os produtos nocivos pode auxiliar no tratamento de doenças do sistema nervoso como por exemplo: depressão, síndrome do pânico, distúrbio obsessivo compulsivo, doença bipolar e em particular da hiperatividade.

Reacção dos Alimentos com os Anticorpos do Sistema ABO


O tipo de sangue ABO tem um papel importante no controle do sistema imune. Ele interfere na defesa do organismo contra vírus, bactérias, fungos, estresse, toxinas e ainda interfere no reconhecimento do organismo de quais substâncias pertencem a ele e devem ser protegidas e quais não fazem parte do corpo e devem ser combatidas. Os anticorpos "anti-outro tipo de sangue" ou seja "anti A e anti B" são os anti-corpos mais fortes do nosso organismo, e sua capacidade de aglutinar as células sanguíneas de um tipo de sangue incompatível é tão forte que uma transfusão de sangue incompatível causa a morte.
Quando um anticorpo encontra um antígeno de um micróbio intruso, ele compara esse micróbio com os antígenos do sangue, e após chegar a conclusão que o micróbio é diferente do antígeno do sangue, avisa o sistema imunológico que vai sintetizar anticorpos de combate, que vão aglutinar o micróbio em questão tornando mais fácil o processo de expulsão e morte do invasor. Entretanto, alguns micróbios tem características semelhantes a um dos tipos de sangue, tornando difícil o seu reconhecimento como inimigo pelo sistema imune.
Isso explica porque alguns tipos de infecção são mais frequentes em um determinado tipo de sangue, como por exemplo, as doenças associadas a vírus lentos, como Síndrome da Fadiga Crônica e Esclerose Múltipla são mais frequentes no grupo B.
Alguns alimentos têm características semelhantes ao antígeno de um tipo de sangue e provocam uma reacção de anticorpos causando uma aglutinação do alimento com o antígeno do sangue e lesão de diversos órgãos (processo semelhante ao que ocorre na rejeição de órgãos). Isso explica porque existem alimentos benéficos a um tipo de sangue e nocivo a outro tipo.

Esses mecanismos acima descritos explicam porque o sistema imunológico e digestivo dá preferência aos mesmos alimentos ingeridos pelos seus ancestrais de mesmo tipo sanguíneo.


Características do Grupo O - Genoma de pedra na era atómica

O tipo O foi único tipo de sangue encontrado no homem das cavernas, e por milhares de anos foi o único tipo de sangue existente. É o mais freqüente ainda hoje. Nessa época, os homens tinham uma dieta baseada em carne, frutas, verduras e raízes e tinham um sistema digestivo próprio para digerir e metabolizar corretamente a carne. Tinham um pH do estômago muito ácido e maior secreção de enzimas digestivas. Esse pH muito ácido propicia o aparecimento de úlceras e gastrites. As pessoas do tipo O são mais intolerantes a introdução de alimentos impróprios ao seu sistema digestivo e imunológico como as farinhas e açúcares, como também a adoçantes, corantes, aditivos, agrotóxicos e a poluição.
O sistema imune do tipo O é muito forte, hiperativo, tendo dificuldade em distinguir o que é "self" (próprio do indivíduo) do que não é "self" propiciando o aparecimento de doenças de auto agressão (auto imunes) como Lupus e Artrite reumatóide assim como processos inflamatórios mais fortes e reacções alérgicas. Como o sistema imunológico reage de forma muito agressiva ele confere uma protecção maior contra o câncer.
Nessa época, o homem era nômade e percorria grandes extensões rotineiramente e tinha uma atividade física intensa. Ele era pragmático, esperto, um predador agressivo, com instinto de sobrevivência forte, deixando o mais fraco para trás para o benefício do grupo. Essas características trazidas à sociedade atual fazem do tipo O um líder, extrovertido, com muita energia, individualistas, ousados, otimistas, auto confiantes e produtivos. Entretanto, quando submetidos a estresse podem ter reações excessivamente agressivas e desequilibradas com acessos de raiva e fúria. Na infância a hiperactividade é muito comum.
Em situações de stress a glândula supra renal do tipo O libera uma quantidade muito grande de adrenalina e noradrenalina. Essas substâncias causam no organismo todas as reações físicas necessárias para lutar ou fugir: batimento cardíaco acelerado, aumento da pressão arterial, respiração ofegante e maior atividade e irrigação de sangue nos músculos e em diversos órgãos para sustentar o seu maior funcionamento. No tipo O, a enzima dopamina hidroxilase, necessária a eliminação da adrenalina e da noradrenalina, é sintetizada em menor quantidade o que faz com que essas 2 substâncias permaneçam por mais tempo na circulação. O homem das cavernas reagia sempre com actividade física intensa à liberação dessas substâncias o que trazia os efeitos produzidos por elas a condições normais novamente. Actualmente além do stress ser mais constante, na maioria das vezes ele não é associado a uma actividade física o que faz com que as reacções como batimentos cardíacos acelerados, hipertensão arterial, funcionamento excessivo de alguns órgãos se tornem uma constante causando um desgaste acentuado do organismo, com desencadeamento de diversas doenças e de desequilíbrios emocionais. Para combater o estresse as pessoas do tipo O precisam de uma actividade física aeróbica intensa e constante (no mínimo 60 minutos de actividade aeróbica, 3 vezes por semana).
Para se manter em equilíbrio físico e mental o homem do tipo O necessita seguir as orientações dietéticas e praticar uma actividade física constante e intensa.
As pessoas do tipo O são mais propensas a vícios como jogo, cigarro, bebidas e drogas provavelmente devido a variações da enzima dopamina hidroxilase.
O tipo O é actualmente o mais frequente nos USA.


Características do Grupo A


O grupo sanguíneo A surgiu por volta de 25.000 a 15.000 a.C. quando houve a mudança da condição de caçador coletor para um modo de vida mais agrário-domesticador. Nesse período, devido à escassez de carne, o homem passou a desenvolver e a viver da agricultura. Tornou-se o primeiro vegetariano. Para que ele se adaptasse as novas condições alimentares o seu sistema digestivo sofreu diversas mudanças que o tornaram mais apropriado à digestão dos grãos, como por exemplo, ouve uma diminuição do pH do estômago e um aumento das enzimas responsáveis pela digestão dos hidratos de carbono.
O Sistema imune tornou-se mais tolerante, característica necessária para maiores concentrações populacionais: sobrevivem melhor até hoje a epidemias como a cólera e a varíola. Entretanto, devido a maior tolerância do sistema imune, defendem-se menos de doenças como o câncer.
A vida em comunidades estáveis e sociedades cooperativas fez do homem de tipo A um ser com maior facilidade para relacionamentos sociais, ordeiros e cooperativos. Tinham um refinamento intelectual maior, uma conecção entre corpo e mente mais desenvolvida. O do tipo A é geralmente mais introvertido, perfeccionista, sensível e criativo. Quando submetidos a estresse crônico podem apresentar introversão excessiva, preocupação excessiva com detalhes e Distúrbio obsessivo compulsivo.
As pessoas do tipo A tem uma reação excessiva ao menor sinal de estresse: liberam quantidades maiores que os outros grupos de cortisol e de adrenalina. Embora eliminem com facilidade a adrenalina produzida tem maior dificuldade de normalizar o cortisol após o fim da situação de estresse, ou seja, as pessoas do tipo A sofrem muito mais os efeitos negativos do estresse e tem muito mais dificuldade de "acalmar o sistema nervoso". O excesso de cortisol causa insônia, irritabilidade, pensamentos negativos repetitivos, perda de massa muscular, aumento da gordura, inchaço e inibe o sistema imune, necessário as defesas do organismo. O cortisol é sintetizado nas supra-renais. Quando elas estão produzindo muito cortisol, secretam menos o DHEA, que é um precursor dos hormônios femininos e masculinos associado a longevidade, a jovialidade e a disposição de viver. As taxas elevadas cronicamente de cortisol são associadas a muitas doenças como: câncer, doenças cardíacas, derrame, hipertensão arterial, resistência a insulina, obesidade, distúrbios da memória, senilidade e Alzheimer.
As pessoas do tipo A reagem melhor ao estresse com atividades relaxantes como Yoga, Meditação, Tai Chi Chuan e exercícios isotônicos como caminhar, nadar, dançar e andar de bicicleta, que diminuem as taxas de cortisol. O sono é extremamente importante na redução do cortisol: durma no mínimo 8 horas por noite. Não deite após as 23 horas e procure receber a luz do sol ao acordar.
Atualmente, o tipo de sangue A, é mais encontrado entre os Europeus Ocidentais e Japoneses.


Características do Grupo B

O homem do tipo B nasceu entre 10.000 - 15.000 anos a.C. na cordilheira do Himalaia. Como ele era originário da África, a primeira grande adaptação foi ao clima.
Dois grandes grupos do tipo B se formaram: uma sociedade nômade e guerreira, que utilizava o cavalo tanto nos seus deslocamentos quanto na guerra, que conquistou o norte e o oeste da Ásia e que avançou até o leste europeu e um grupo sedentário e agrário que colonizou a China e o sudeste da Ásia, utilizando técnicas sofisticadas de irrigação e de cultivo que mostraram muita criatividade, inteligência e engenho.
Atualmente o tipo B é encontrado desde o Japão, Mongólia e China até os Montes Urais, indo para oeste até atingir o mínimo no extremo oeste da Europa. Os alemães e austríacos apresentam uma grande porcentagem de indivíduos de tipo B. Os judeus também apresentam uma grande incidência de tipo B.
O tipo B foi o primeiro adaptar-se ao convívio com os animais domesticados, tendo um sistema digestivo capacitado para digerir e absorver os laticínios.
O sistema imune do tipo B tem uma certa dificuldade para combater vírus de ação lenta porque eles tem um antígeno parecido com o do tipo B (B-like). Esses vírus de ação lenta tem sido responsabilizados por causar doenças neurológicas raras como Lupus, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica e Síndrome da Fadiga Crônica. A dificuldade no combate aos vírus de ação lenta é agravada pela presença de lectinas nocivas principalmente do frango e milho. As pessoas do tipo B têm uma tendência maior ao desenvolvimento de doenças auto imunes.
As pessoas do tipo B quando submetidas ao estresse liberam grandes quantidades de cortisol, taxa inferior apenas ao grupo A. O excesso de cortisol causa insônia, irritabilidade, pensamentos negativos repetitivos, perda de massa muscular, aumento da gordura, inchaço e inibe o sistema imune, necessário as defesas do organismo. O cortisol é sintetizado nas supra-renais. Quando elas estão produzindo muito cortisol, secretam menos o DHEA, que é um precursor dos hormônios femininos e masculinos associado a longevidade, a jovialidade e a disposição de viver. As taxas elevadas cronicamente de cortisol são associadas a muitas doenças como: câncer, doenças cardíacas, derrame, hipertensão arterial, resistência a insulina, obesidade, distúrbios da memória, senilidade e Alzheimer.
Além da liberação excessiva de cortisol ao estresse, as pessoas de tipo B degradam mais rapidamente o óxido nítrico. O óxido nítrico é uma das moléculas mais estudadas na atualidade. Ele interfere em diversas vias metabólicas do organismo, contribuindo para a saúde cardiovascular, imunológica e emocional. A degradação mais rápida do óxido nítrico permite uma recuperação mais rápida nas situações de estresse. O tipo B responde muito bem a técnicas de visualização e meditação no combate ao estresse, a ansiedade e a depressão.
O tipo B reage melhor ao estresse que o tipo A e o O. Durante o processo evolutivo, o tipo B conviveu com situações mais diversas, ou seja, precisou da força física para conquistar novas terras e paciência e habilidade para desenvolver sua cultura nestas terras. As pessoas do tipo B reagem melhor ao estresse com atividades relaxantes mescladas com atividades físicas mais intensas que envolvam grupos de preferência, embora não se dê muito bem com esportes muito competitivos.
As actividades relaxantes como: Yoga, Meditação, Tai Chi Chuan e, exercícios isotônicos como: caminhar, nadar, dançar e andar de bicicleta. Essas atividades relaxantes diminuem as taxas de cortisol e regulam o metabolismo do óxido nítrico. Intercale as atividades acima com atividades aeróbicas como ciclismo, artes marciais menos agressivas, tênis, aeróbica, dança e musculação.
Para regular a liberação de cortisol:
" Mantenha o ritmo circadiano ajustado, ou seja: deite antes das 23 horas e durma no mínimo 8 horas por noite. Procure receber a luz solar entre 6 e 8 horas da manhã,
" Dedique ao menos 20 minutos ao dia a uma tarefa criativa que concentre toda a sua atenção;
" Siga as recomendações quanto a exercícios físicos e atividades relaxantes como meditação e visualização.
As pessoas do tipo B geralmente tem uma vida longa e saudável seguindo as recomendações acima associadas à dieta.


Características do Grupo AB


O tipo de sangue AB é raro e é o mais recente tipo de sangue da humanidade. Nasceu da fusão do tipo A caucasiano com o tipo B dos mongóis. Raramente se encontra sangue tipo AB antes de 900 d.C. É um tipo de sangue mais raro: apenas 2-5% da população tem sangue do tipo AB. As suas características são uma mescla entre as características de todos os grupos anteriores.
O tipo AB apresenta um perfil digestivo semelhante ao tipo A, ou seja, tem acidez estomacal menos intensa, mas seu metabolismo necessita de mais proteína animal do que o tipo A. O tipo AB tem uma menor quantidade da enzima fosfatase alcalina no intestino o que dificulta a metabolização protéica. Tanto a menor acidez do estômago, quanto a menor quantidade de fosfatase alcalina, causam uma dificuldade digestiva maior, que pode ser combatida com refeições maiores e mais freqüentes e procurando não misturar carboidratos com proteínas.
O sistema imunológico do tipo AB é semelhante ao do tipo A. Os 2 tem maior risco de desenvolvimento de câncer.
As pessoas do tipo AB são sensíveis, intuitivas, espiritualizadas, independentes, mesclando introversão com extroversão. Quando submetidas ao estresse reagem de forma semelhante ao tipo O, com grande produção de adrenalina e noradrenalina e dificuldade para a degradação das mesmas devido a deficiência da enzima Mono Amino Oxidase. Além disso, as pessoas de tipo AB degradam mais rapidamente o óxido nítrico, de forma semelhante ao grupo B. O óxido nítrico é uma das moléculas mais estudadas na atualidade. Ele interfere em diversas vias metabólicas do organismo, contribuindo para a saúde cardiovascular, imunológica e emocional. A degradação mais rápida do óxido nítrico permite uma recuperação mais rápida nas situações de estresse. O tipo AB responde muito bem a técnicas de visualização e meditação no combate ao estresse, a ansiedade e a depressão.
Assim como as pessoas do tipo O, os indivíduos do tipo AB são mais propensos a vícios como jogo, cigarro, bebidas e drogas provavelmente devido aa variações da enzima dopamina hidroxilase.
Os indivíduos do tipo AB necessitam para o seu equilíbrio de actividades físicas relaxantes mescladas com actividades físicas aeróbicas. Devem evitar actividades físicas competitivas.



Bibliografia

1. Eat Right For Your Type. Dr. Peter J. D'Adamo.
2. Live Right For Your Type. Dr. Peter J. D'Adamo.
3. Eat Right For Your Type. Complete Blood Type Encyclopedia. Dr. Peter J. D'Adamo. Riverhead Books. 2001.Armas, Germes e Aço. Jared Diamond. Ed Record
5. You are your blood type. Nomi, T and A. Besher. Nova York: St Martin's Press 1983.
6. What's your type? Constantine, P. Nova York: Plume Books, 1997.
7. A Dieta do Tipo Sanguíneo" de Dr. Peter J. Adamo. Editora Campus. Este livro é a tradução do 1º livro do Dr. D'Adamo, e embora seja muito interessante do ponto de vista histórico, a classificação dos alimentos já foi profundamente modificada tanto pelas pesquisas atuais quanto por uma "errata" publicada após o lançamento do livro que corrige a classificação de cerca de 50 alimentos.
8. Viva melhor com a A Dieta do Tipo Sanguíneo" de Dr. Peter J. Adamo. Editora Campus.


Dra. Berenice Wilke



Fonte: http://www.medicinacomplementar.com.br/

Thursday, 25 December 2008

Ervas mágicas



"Ervas Mágicas"

O uso das ervas mágicas é relativamente simples!
Todas as ervas que são citadas não têm nenhuma contra-indicação, por isso pode utilizá-las em banhos mágicos.
Outra forma de fazer uso das ervas mágicas é colocando-as num saquinho feito com veludo preto. ´
Este saquinho é um amuleto mágico, por isso sempre leve-o consigo.
Secá-las e deixá-las penduradas em algum lugar de sua casa também é uma forma poderosa de atrair as forças mágicas destas ervas.
Ervas relacionadas ao amor podem ser reduzidas à pó.
Poderá soprá-lo sobre a pessoa amada ou usá-lo quando quiser conquistar alguém.

"Ervas"
Os gregos usavam ervas e óleos aromáticos nos rituais religiosos. Estavam convencidos de que somente os deuses poderiam ter criado aromas tão profundos e pensavam que os aromas naturais podiam ser uma ponte para alcançar o Olimpo e receber as forças dos deuses, protecção, cura e beleza.

Abaixo segue uma lista de plantas e suas correspondências.

Planta
Planeta Regente
Melhor Destino
Melhor Dia p/ Usar
Abacate
Vênus
Beleza e amor
Vénus em Libra
Acácia
Sol
Protecção
Marte em Escorpião
Açafrão
Sol
Amor e saúdeJúpiter em Leão
Acónito
Saturno
Protecção
Lua em Escorpião
Agrimónia
Júpiter
Protecção
Júpiter em Libra
Aipo
Mercúrio
Poderes mentaisMercúrio em Cancêr
Alcaparra
Vênus
Potência e AmorVénus e Marte em Leão
Alecrim
Sol
Protecção e PurificaçãoLua em Cancêr
Algodão
Lua
SorteLua em Cancêr
Alho
Marte
Saúde e Protecção
Marte em Áries
Amêndoa
Mercúrio
Dinheiro e ProsperidadeSol em Leão
Anis-estrelado
Vénus
SorteLua em Sagitário
Arroz
Sol
Fertilidade e DinheiroSol em Touro
Arruda
MarteSaúde e AmorSol em Touro
ArtemisiaVênusSaúdde e Poderes PsiquicosVênus e Saturno em Plutão
BabosaLuaSorte e AmorMarte em Libra
BardanaVênusProteção e SaúdeJúpiter em Leão
BasílicoMarteExorcismo e ClarividênciaMarte em Escorpião
BatataLuaSaúdeLua em Virgem
BeterrabaSaturnoAmorJúpiter em Sagitário
BétulaVênusExorcismo e PurificaçãoVênus em Sagitário
CalêndulaSolProteçãoSol em Leão
CaméliaLuaProsperidade e RiquezaLua em Touro
CamomilaSolDinheiro, Amor e PurificaçãoSempre
CanelaSolEspiritualidade e SucessoSol em Áries
CânforaLuaSaúde e ClarividênciaSempre
CavalinhaSaturnoFertilidadeMarte em Áries
CebolaMarteDinheiro, Protecção e SaúdeMarte em Touro
CenouraMarteFertilidadeMarte em Leão
CerejaVénus
Amor e ClarividênciaVénus em Câncer
ChuchuSaturnoProtecção, Felicidade e AmorSempre
CipresteSaturnoLongevidade e SaúdeVénus em Libra
Cravo-da-ÍndiaJúpiterProtecção, Exorcismo e AmorVénus em Áries
DamascoVênusFeitiços amorososVénus em Escorpião
Erva-cidreiraLuaSaúde, Amor e SucessoJúpiter em Câncer
Erva-doceJúpiterProtecção e JuventudeMarte em Câncer
ErvilhaVénus
Dinheiro e AmorVénus em Touro
EucaliptoLuaSaúde e Protecção
Sol em Sagitário
EufrásiaSolPoderes Mentais e PsíquicosSol em conjunção com Júpiter
FeijãoMercúrioProtecção e ReconciliaçãoSol em Virgem
FigueiraJúpiterClarividência e FertilidadeJúpiter em Virgem
FunchoMercúrioProtecção, Saúde e PurificaçãoMercúrio em Aquário
GengibreMarteAmor, Dinheiro e SucessoMarte em Áries
GergelimSolDinheiroSol em Touro
GirassolSolRealizações de desejos e sabedoriaSol em Leão
HeraSaturnoProtecção, Saúde e AmorVénus em Escorpião
LaranjaSolDinheiro e AmorVénus em Escorpião
LavandaMercúrioPedidos AmorososMercúrio em Leão
LouroSolProtecção e ForçaLua em Áries
MaçãVénus
Saúde, Amor e ImortalidadeVénus em Libra
MaracujáVénus
Paz e AmizadeVénus em Gémeos
MirraLuaProteção e EspiritualidadeSol em Áries
MorangoVénus
Amor e SorteVénus em Libra
NarcisoVénus
Amor, Fertilidade e SorteSol em Leão
NogueiraSolRealização de desejosSol em Leão
OliveiraSolSaúde, Paz e Protecção
Júpiter em Câncer
PapoulaLuaAmor, Sorte e DinheiroNeptuno em Lua
PêraVénus
Desejos e AmorMarte e Vénus em Escorpião
PinheiroMarteSaúde, protecção, Dinheiro e FertilidadeMarte em Capricórnio ou Vênus em Plutão
PoejoMarteForça, Protecção e PazUrano e Vénus em Aquário
RomãMercúrioAdivinhação, Sorte, Realização de desejos e FertilidadeLua em Plutão
RosaVénus
Amor, Sorte e Protecção
Marte em Libra (vermelhas) Vénus em Libra (rosadas) Lua em Libra (brancas)
SalsaMercúrioProtecção e PurificaçãoMercúrio em Libra ou Leão
SálviaJúpiterLongevidade, Sabedoria e Protecção
Júpiter em Touro ou Vénus e Marte em Libra
TrigoVénus
Fertilidade e DinheiroLua em Touro
UvaLuaAmizade, Fertilidade e DinheiroLua em Leão
VerbenaVénus
Protecção, Amor, Paz e PurificaçãoVénus em Gémeos

Texto por Aurora Wirth

In: http://www.mistico.com/p/ervas.html

Alho (Allium sativum)



Planta de origem asiática, a acção terapêutica do Alho é conhecida desde a Antiguidade.
Para os egípcios o Alho além de servir de alimento, estimulava a boa voz e a coragem.
Nero, imperador romano, com frequência comia os bolbos do alho chegando às vezes interromper o consumo de qualquer outro alimento.
Durante a Idade Média o Alho ajudou na cura da peste bubônica.
Já na Primeira Guerra Mundial, foi usado pelos médicos para impedir a infecção dos ferimentos.
O Alho contém uma substância que ajuda a reduzir o colesterol e além disso, apresenta forte acção expectorante, analgésica, anti-bacteriana e tónica.

Nome científico: Allium sativum L.

Família:
Liliaceae.

Outros nomes populares:
Alho-comum, alho-da-horta, alho-hortense, alho-manso; garlic e cultivated garlic (inglês); ajo (espanhol), ail (francês), aglio e aglio comune (italiano); ail (francês); hsiao-suan (chinês); lasan (hindu).

Constituintes químicos:
Ácido alfa-aminoacrílico; ácido fosfórico livre; ácidos sulfúrico; ajoeno (produzido por condensação da alicina); açúcares (fructose, glucose); alil; alil-propil; aliína (que se converte em alicina); aliinase; aminoácidos (ácido glutamínico, argenina, ácido aspártico, leucina, lisina, valina); citral; desoxialiina; dissulfeto de dialila; dissulfeto de dietila; felandreno; galantamina; geraniol; heterosídeos sulfurados; insulina; inulina; linalol; minerais (manganês, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, selênio, sódio, ferro, zinco, cobre); nicotinamida; óleo essencial (muitos componentes sulfurosos, dentre eles: disolfuro de alil, trisolfuro de alil, tetrasolfuro de alil); óxido dialildissulfeto; polissulfeto de dialila; prostaglandinas A, B e F; proteínas; quercetina; sulfetos de vinil; trissulfeto de alila; vitaminas (A, B6, C, ácido fólico, pantotênico, niacina).

100 g de alho contém aproximadamente:

Água: 59 g; Calorias: 149 kcal; Lipídios: 0.5 g; Carboidratos: 33.07 g; Fibra: 2.1 g; Manganês: 1672 mg; Potássio: 401 mg; Enxofre: 70 mg; Cálcio: 181 mg; Fósforo: 153 mg; Magnésio: 25 mg; Sódio: 17 mg; Vitamina B-6: 1235 mg; Vitamina C: 31 mg; Ácido glutamínico: 0,805 g; Argenina: 0,634 g; Ácido aspártico: 0,489 g; Leucina: 0,308 g; Lisina: 0,273 g;

Propriedades medicinais:
Amebicida, antiagregante plaquetário, antiasmática, antibiótico, antifúngica, antigripal, anti-hipertensiva, anti-inflamatório, antimicrobiana, anti-reumática, anti-séptica, antitóxica intestinal, antitrombóbita, antiviral, digestiva, excitante da mucosa estomacal, bactericida, bactericida intestinal, carminativa, depurativo do sangue; desinfectante, digestiva, diurética, emoliente, estimulante, excitante da mucosa estomacal, expectorante, febrífugo, hepatoprotetora, hipoglucemiante, hipolipemiante (inibe a síntese de colesterol e triglicerídeos), hipoviscosizante (reduz a viscosidade plasmática); odontálgica, rubefasciente enérgico, sudorífera, vasodilatadora periférica, vermífuga (solitária e ameba).

Indicações:
Acne, afecções da pele, afecções nervosa e histérica, ácido úrico, afecções genitourinárias (cistite, uretrite, pielonefrite, urolitíase); afecções respiratórias (abcessos pulmonares, asma, bronquite, coqueluche, defluxo, enfisema, faringite, gripe, pneumonia, resfriado, tuberculose); angina, arteriopatias, arteriosclerose, artrite, calcificação das artérias, cálculo na bexiga, calos, caspa, catarro, coadjuvante em tratamentos de diabetes, cólera, colesterol alto, dermatomicose, diabetes, diarréia, difteria, distúrbios intestinais, doenças cardíacas, dores de cabeça, dores de dente, dores de ouvido (+surdez), edemas; enfermidades do fígado, dos rins e da bexiga; enxaqueca, escorbuto, esgotamento, estimulação do sistema imunológico, falta de apetite, febre, ferimentos (prego enferrujado, espinho, madeiras, vidros e materiais plásticos), gangrena pulmonar, gota, hemoptise, hemorróidas, herpes, hidropisia, hiperglicemia, hiperlipidemias, hiperqueratose, hiperuricemia, hipocondria, histeria, impingem, impurezas na pele, infecções bacterianas, infecções fúngicas, insônia, intoxicação nicotínica, manchas da pele, melancolia, menopausa, micose, nefrite, nervosismo, obesidade, palpitações cardíacas, paralisação do fígado e do baço, parasitose intestinal, paludismo, parodontopatias, picadas de insectos (comichão e dor), pressão alta, pressão baixa, prevenção de disenterias amebianas, prevenção de tromboembolismos, prisão de ventre, problemas circulatórios, retinopatia, reumatismo, rouquidão, sarda, sarnas, sensação de medo, sífilis, sinusite, tifo, tinha, tosse, triglicerídeos altos, tumores, úlceras, varizes, vermes, verrugas,
Últimas tendências: anticancerígeno (os compostos de enxofre e o flavonóide quercetina parecem ser os responsáveis pela prevenção do aparecimento de células cancerosas no estômago, fígado, etc.).

Parte utilizada: bulbos.

Contra-indicações/cuidados: contra-indicado para lactantes (pode provocar cólicas no ventre do lactente), recém-nascidos, pessoas com pressão baixa, com problemas estomacais e de úlceras, pessoas com dermatites, com acidez de estômago, hipertireoidismo, hemorragias activas, pré e pós-operatórios, trombocitopenia, tratamento com anticoagulantes tipo warfarina ou com hemostáticos (especialmente as formas extractivas), alguns medicamentos para controlar o nível de açúcar no sangue e alguns anti-inflamatórios.
O óleo essencial puro por via oral é contra indicado para gestantes, lactantes, crianças, pacientes com hipersensibilidade.

Consulte sempre um médico, caso você esteja a fazer uso de algum medicamento.

Efeitos colaterais:
Em excesso, pode causar problemas digestivos, de estômago, dores de cabeça, dores nos rins, cólicas, vómitos, diarreia, tontura; problemas de sangramento ou de coagulação sanguínea, irritação intestinal. Por via externa pode produzir dermatite de contacto. O óleo essencial puro pode provocar náuseas.

Monday, 22 December 2008

Romã (Punica granatum L.)


AS MARAVILHAS DA ROMÃ

Nome científico: Punica granatum L.A romã, é uma fruta exótica e milenar de cor vermelho escuro, com flores de uma tonalidade intensa, cujas sementes abundantes são o símbolo da fertilidade. 


"Abre a romã, mostrando a rubicunda cor, com que tu, rubi, teu preço perdes; (...)" - Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas, IX, 59
A romã tem anti-oxidantes ainda mais poderosos do que o tomate e o vinho tinto para a prevenção de doenças cardíacas.
Dinheiro, prosperidade, fartura, estas são algumas das dádivas atribuídas às pequenas sementes da saborosa romã.
A romã é “recheada” de ricas propriedades medicinais.
Até há bem pouco tempo, estas propriedades importa
ntes, só eram conhecidas por interessados em mitologia ou medicina chinesa antiga. 
Segundo registros do antigo herbário chinês, o suco de romã aumenta a longevidade.

Remédio milenar, o uso da romã é consagrado cientificamente. Já está comprovada a eficácia da romã como antibiótico natural.
As raízes são usadas para expulsar a ténia (ou solitária).
Mais do que um símbolo religioso de profundo significado para o judaísmo, usado nas bênçãos de Rosh Hashaná e na época do Templo e em Shavuot, esta fruta mencionada na Bíblia, vem sendo pesquisada por cientistas israelitas.
A romã, cujas sementes e gosto meio ácido sempre foram apreciados como fruta, vem sendo, agora, considerada também uma moderna fonte medicinal.
O Dr. Michael Aviram está desenvolvendo na sua pesquisa no Lipid Research Laboratory, do Ramban Medical Center, em Haifa, utilizando o suco de romã para combater o colesterol e os problemas cardíacos.
Actualmente, dois estudiosos israelitas realizam pesquisas sobre tratamentos e produtos derivados da fruta.

Cultivada na região do Mediterrâneo, Israel é um de seus grandes produtores, respondendo pela produção anual de três mil toneladas.
Já Efraim Lansky realiza as suas pesquisas na Rimonest, companhia fundada pelo Instituto Tecnológico de Israel – Technion, partindo da premissa de que o suco, a polpa e a casca da romã contêm propriedades que além de reduzir o colesterol, retardam o envelhecimento e talvez até levem à cura do câncer e da sida.
Aviram, 53, é bioquímico no Technion. Ele dedicou os últimos vinte anos a pesquisar formas de evitar ou eliminar os depósitos de colesterol nas artérias, o que causa arteriosclerose, distúrbios cardíacos e enfarte do miocárdio.
O Dr. Aviram testou vinte produtos diferentes antes da romã. Descobriu que o suco da fruta contém um poderoso antioxidante, um tipo de flavonóide mais eficiente na prevenção de problemas cardíacos do que o existente no tomate e no vinho tinto.
Ele tem administrado o suco aos seus pacientes com estenose nas artérias carótidas, isto é, um estreitamento nas artérias que levam o sangue ao cérebro, e os resultados foram rápidos e impressionantes. 
“Tenho visto melhoras desde o primeiro mês de tratamento”, afirmou Aviram.

Conta que muitos pacientes de alto risco, sérios candidatos a implantes de ponte safena, conseguiram evitar a cirurgia apenas com o suco da romã. A única queixa que ouviu de alguns foi sobre a acidez da fruta. Actualmente Aviram está envolvido no projecto para isolar os flavonóides e transformá-los em pílulas.Na sua clínica homeopática, tem receitado o suco de romã em casos de febre e, em mulheres pós-menopáusicas, na prevenção de problemas cardíacos e osteoporose.

(Baseado no artigo de Avigail Schwartz, no Jerusalem Report.)


No entanto, Lansky está confiante e, para ilustrar, lembra “A Doutrina das Assinaturas”, uma antiga referência de que “O Criador teria de
ixado uma assinatura sobre as plantas, esclarecendo as suas finalidades terapêuticas”.
Diz isto, segurando uma romã numa mão e abrindo, com a outra, um livro de medicina.

Algo mais sobre a romã

É um arbusto relativamente alto, muito ramificado, com tronco acinzentado. As folhas são verdes e brilhantes.
As flores são vermelho-alaranjadas.
Fruto do tipo balaústre. Casca dura e resistente, amarela ou avermelhada, manchada de escuro, rompendo-se quando o fruto está maduro. Interior subdivido por finas películas, formando cavidades com numerosas sementes angulosas envoltas por polpa comestível, de coloração rosa ou carmim, sabor agradável e refrescante.
Frutifica na primavera e verão.

O fruto é consumido fresco e o suco feito com as sementes é utilizado na fabricação do xarope granadina, usado em condimentos e licores. Como a casca contém 30% de tanino, pode ser usada para curtir couro. Tem propriedades terapêuticas e é usada na medicina popular.

As principais propriedades medicinais da romã são conhecidas desde a antiguidade, sendo descritas no Papiro de Ebers1. A literatura descreve a romã principalmente como um potente tenífugo, sendo suas propriedades anti-helmínticas assinaladas há séculos por Dioscorides e outros naturalistas da Antiguidade.

A romã é uma fruta oxidante, mineralizante e refrescante. É utilizada para acabar com rouquidão, afecções da boca, garganta e gengivas. Auxilia também na prevenção de aftas.
O consumo de suco de romã ajuda a combater o cancro da próstata e a reduzir as células da doença, segundo um estudo publicado na revista Clinical Cancer Research. (Segundo o professor do Departamento de Urologia da Universidade da Califórnia e autor do estudo, Allan Pantuck - juin 2006)

Em Portugal a tradição manda que esteja presente na mesa no Dia de Reis.

A romã é uma das sete frutas pelas quais a terra de Israel foi abençoada. Entre os judeus de origem ocidental existe o costume de colocar sementes da fruta debaixo do travesseiro na passagem do Ano Novo Judaico, comemorado em Setembro. Faz-se isso para atrair sorte, saúde e dinheiro no próximo ano.

Segundo a crendice popular brasileira, a romã também traz sorte e prosperidade. É por essa razão que as vendas dessa fruta aumentam muito a cada final de ano, principalmente no Nordeste. Muitos brasileiros também acreditam que terão um ano novo com sorte e dinheiro se colocarem sementes de romã nas suas carteiras de dinheiro ou em partes da casa. Muitos, pelo mesmo motivo, comem as sementes da fruta no Natal e na passagem de ano.


O profeta Maomé afirmava “coma romã, para se livrar da inveja e do ódio”.

Saturday, 13 December 2008

Plantas anti-idade


Ganhe anos de vida com a Fitoterapia.
Veja as plantas, os tubérculos e os frutos que o podem ajudar


Plantas anti-idade

Não se iluda: o elixir da eterna juventude continua ainda por descobrir. Enquanto tal não sucede, o mundo vegetal é a nossa maior fonte comprovada de substâncias que combatem o passar dos anos. Tome nota das plantas que a vão ajudar a protelar o envelhecimento.

Vários estudos epidemiológicos e clínicos indicam que as populações que ingerem com frequência algumas das plantas de que lhe falamos neste artigo têm uma esperança de vida superior à média. Por exemplo, na ilha japonesa de Okinawa, é normal ver centenários a jogarem às cartas e a praticarem actividade física, como o tai-chi, diariamente.

Tomando exemplos como este, a medicina anti-envelhecimento está, actualmente, na vanguarda da investigação, tendo proporcionado o desenvolvimento de boas soluções para atrasar o envelhecimento, num processo em que as plantas são as grandes protagonistas. Não é por acaso que muitos dos fármacos para aliviar os sintomas próprios da maturidade se baseiam nos princípios activos das plantas.
Por que razão envelhecemos?

O envelhecimento é um processo natural contra o qual lutamos constantemente. Apesar de existirem diferentes teorias que respondem a esta pergunta, os especialistas inclinam-se para a soma das quatro seguintes:
Formação de radicais livres

Está mais do que provado que estas moléculas instáveis danificam as células sãs, já que são tóxicas para o corpo.

Maus hábitos de vida
Abusar de gorduras e proteínas, o sedentarismo ou o tabaco são alguns deles.

Deterioração hormonal

O declínio da produção hormonal pelas glândulas endócrinas acelera o envelhecimento.

Herança genética
Por muito que nos custe, a longevidade também se herda.

A marca do tempo
Embora não exista forma de evitar que o nosso corpo se desgaste nem sofra certas alterações orgânicas, é possível abrandar e protelar esse processo. Saiba quais são as partes da nossa anatomia que mais denunciam a idade e as plantas mais eficazes para evitar a sua deterioração.

De seguida, dizemos-lhe quais são as plantas mais utilizadas para atrasar o envelhecimento, para rejuvenescer e como pode usá-las também em casa. Mas advertimo-la, desde já, que deve seguir sempre as indicações de um especialista para obter os melhores resultados.


A pele

O tecido epidérmico é um dos mais denunciadores no que diz respeito aos sinais da passagem do tempo. As peles mais afectadas pelo envelhecimento são as secas ou sensíveis. O grande culpado? O sol.


Borragem

Porque faz bem?
Graças à sua grande quantidade (e qualidade) de ácidos gordos essenciais (gama-linolénico), actua como hidratante, fortalecendo as células cutâneas. Também são percursores das prostaglandinas, que participam na regulação hormonal.
Obtenha os seus benefícios: Em cápsulas (tome 2 a 4 por dia) ou em compressas embebidas no seu óleo (para tratar eczema, por exemplo).


Calêndula

Porque faz bem?
Tem uma acção suavizante, calmante e descongestionante, que favorece peles com dermatite ou stressadas. Também favorece a cicatrização.
Obtenha os seus benefícios: Em sabão, unguento, óleo ou loção, todos para aplicar directamente na área da pele afectada. Também pode tomá-la em infusão: duas a quatro chávenas.


Rosmaninho

Porque faz bem?
É utilizado há muitos anos em loções e sabonetes como reconstituinte da pele, tonificando-a e
hidratando-a. Para além disso, estudos recentes descobriram que previne a oxidação das gorduras e a formação de placas do chamado mau colesterol (LDL).
Obtenha os seus benefícios: Com duas chávenas diárias de infusão, depois do pequeno-almoço e do almoço. Para a preparar, junte 5 g de rosmaninho seco a cada chávena de água.


Centelha asiática

Porque faz bem?
Muito utilizada na medicina chinesa e indiana, contém substâncias regenerativas e estimulantes do colagénio (uma das fibras de sustentação da pele), como o asiaticósido e o centelósido.
Obtenha os seus benefícios: em cremes dermatológicos ou cosméticos, cuja posologia depende da indicação de um especialista.


O coração

Quando envelhece, as suas funções enfraquecem e o bombeamento do sangue torna-se mais difícil. Fica rodeado de gordura, o que complica o seu trabalho: as artérias tornam-se menos elásticas, e formam-se placas de ateroma nas suas paredes e artérias coronárias que podem obstruir os vasos e produzir trombos, aterosclerose e elevar a tensão arterial.


Castanha-da-índia

Porque faz bem?
Só se utiliza a sua casca, que contém escina e taninos, antioxidantes que combatem a fragilidade capilar, a inflamação e os edemas. É usada, especialmente, em problemas de origem venosa, como pernas cansadas, claudicação intermitente, mãos e pés frios, frieiras, varizes e para evitar as tromboflebites.
Obtenha os seus benefícios: Em extracto (30 gotas, repartidas em três tomas diárias) ou através da decocção de 50 g de casca por litro, duas vezes ao dia.


Cavalinha

Porque faz bem?
A sua composição rica (saponósidos, taninos, flavonóides, alcalóides e sais minerais – sobretudo, silício e potássio – e vitamina C) tem uma acção anti-hemorrágica, cicatrizante e remineralizante. É também antifúngica, diurética e adstringente. O silício está associado a processos de crescimento e à saúde das unhas, cabelo, pele e tecido conjuntivo. Em combinação com o potássio, é um excelente diurético, indicado para problemas urinários causados ou não por hipertrofia benigna da próstata.
Obtenha os seus benefícios: em infusão ou decocção (ferva 2 g numa chávena de água durante cinco minutos e deixar repousar outros 20), ou através do sumo da planta fresca; também pode usá-la em creme ou loção, extracto e em pó. Se tomar cápsulas de cavalinha, a dose recomendada é de duas a três ao dia.


Alho

Porque faz bem?
O seu constituinte fitoquímico mais conhecido é a alicina, um eficaz desinfectante e bactericida. O alho reduz a tensão arterial e a aterosclerose, para além de eliminar determinados patogénios da flora intestinal, e estimular a circulação. Se tomado continuamente durante alguns meses, diminui o bloqueio das artérias (placas de ateroma) e aumenta os níveis de insulina.
Obtenha os seus benefícios: Fresco (mastigue dois dentes de alho pela manhã), em decocção (ferva uma cabeça de alho num litro de água durante cinco minutos; beba três chávenas diárias) ou em cápsulas (600 a 900 mg ao dia).



O cérebro

É um dos órgãos que mais sofre com o passar dos anos devido a vários factores: a idade, a sua decrescente irrigação sanguínea, a falta de actividade cerebral, alguns medicamentos (anti-depressivos, analgésicos e sedativos) e a intoxicação por metais pesados (como o chumbo, mercúrio ou alumínio).
Consequentemente, os neurónios são danificados e a sua degeneração impede que a transmissão de impulsos nervosos ao resto do organismo seja a adequada.


Ginkgo biloba

Porque faz bem?
É uma das plantas medicinais com mais estudos científicos. É muito rica em flavonóides, que têm uma importante acção antioxidante, através da neutralização dos radicais livres do cérebro (efeito neuroprotector).
É vasodilatador e aumenta a irrigação cerebral. Para além disso, regula a produção de neurotransmissores, como a dopamina e acetilcolina (substâncias relacionadas com a motricidade, emoções, aprendizagem e memória). Assim, favorece a memória, a concentração e o equilíbrio, os três sintomas característicos da deterioração cognitiva.
Obtenha os seus benefícios: Com uma cápsulas de 40 mg, 4 a 6 vezes ao dia.


Ginseng

Porque faz bem?
A sua raiz possui umas substâncias conhecidas como ginsenósidos, que captam radicais livres. Tem uma acção tónica geral sobre o organismo, aumentando o desempenho físico e intelectual: diminui a sensação de fadiga e aumenta a capacidade de concentração e memorização.
Para além disso é um adaptogénico: regula a produção de adrenalina e cortisol pelas supra-renais. Isto faz com que aumente a energia e a força de vontade, ao mesmo tempo que diminui o stress e a ansiedade. Está provado que melhora a memória e a concentração em doentes de Alzheimer ou outras demências senis.
Obtenha os seus benefícios: Tome 1 a 4 g por dia.


Salva

Porque faz bem?
É um regulador do sistema hormonal: pode ser aplicada nas dores menstruais e durante a menopausa para reduzir os calores, afrontamentos e perda de massa óssea (osteoporose). Desta forma, vai minorar o envelhecimento provocado pelo declínio da produção de hormonas no pós-menopausa. É também um tónico geral: estimula a memória e o sistema imunitário.
Obtenha os seus benefícios: A forma galénica mais vulgar de utilização da salva é a infusão: 1 colher de sopa para uma chávena; tome duas ao dia.


As defesas

Com a idade, o número de células T (próprias do sistema imunológico do organismo) diminui, aumentando a vulnerabilidade às infecções e interferindo no mecanismo hormonal. O passar do tempo reduz os estrogénios, provocando, nas mulheres, a chegada da menopausa e dos seus desagradáveis sintomas físicos: afrontamentos, perda de massa óssea, etc.


Milefólio

Porque faz bem?
Contém substâncias parecidas com a melatonina, pelo que tem efeitos semelhantes a esta hormona segregada pela glândula pineal e cuja função é imunoestimulante e antioxidante. Normalmente, os valores de melatonina começam a descer a partir dos 50 anos, de modo que a milefólio é uma boa opção para os aumentar, na idade adulta.
Obtenha os seus benefícios: Em tisana, a partir de duas colheres de flores por cada chávena de água, duas ou três vezes ao dia.


Chá verde

Porque faz bem?
Destaca-se pela actividade antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora dos seus flavonóides e catequinas. Para além disso, mais de 600 estudos científicos confirmam as suas propriedades antitumorais ao nível do cancro do cólon, pâncreas, esófago, pulmões, mama e próstata, aumentando assim a esperança de vida de quem o consome.
Obtenha os seus benefícios: Os seus benefícios são dose dependentes, o que significa que quanto mais infusões ou comprimidos tomar por dia, maiores os benefícios (um estudo recente aponta os maiores benefícios em pessoas que tomaram mais de 20 chávenas por dia).


Soja

Porque faz bem?
Vários estudos indicam que, nos países onde a soja é o principal componente da dieta, as mulheres não têm praticamente sintomas da menopausa e osteoporose. O seu consumo também provoca reduções na percentagem de cancro da mama e do útero e de doenças cardiovasculares.
Tem um efeito modelador dos estrogénios e não um efeito estrogénico. Isto significa que, em mulheres na menopausa compensa a carência de hormonas, mas nas outras mulheres vai competir com os estrogénios (produzidos pela mulher ou ingeridos com a pílula contraceptiva), reduzindo o risco de cancro da mama e útero.
Obtenha os seus benefícios: Pode ser ingerida como comida (rebentos, tofu) ou bebida, sabendo que 25 g de proteína de soja é o equivalente a 60 mg de isoflavonas, cuja dose diária recomendada é de 40 a 160 mg.


Os olhos

A degeneração macular é uma das doenças mais relacionadas com o avanço da idade. Isto acontece porque a retina tem um metabolismo muito activo, o que significa que gera muito material residual. Com os anos, a capacidade de eliminar estes resíduos vai-se perdendo, até que estes se tornam tóxicos e, portanto, prejudiciais para o olho.


Mirtilho

Por que faz bem?
O fruto deste arbusto possui antocianósidos e taninos, substâncias fitoquímicas que melhoram a microcirculação, pelo que está indicado para problemas de visão (hemeralopia, redução da acuidade visual). É usado em casos de demência arteriosclerótica, melhorando a memória, os zumbidos nos ouvidos, as vertigens e os enjoos.
Obtenha os seus benefícios: Como o mirtilho é um fruto, deve dar-se preferência ao seu consumo como alimento. Existe à venda durante todo o ano congelado e em doces ou compotas (algumas das quais sem sacarose). Em cápsulas, deve-se ingerir 500 a 1000 mg por dia.


O corpo

A força muscular diminui por causa da atrofia e perda de massa muscular. Os ossos são menos densos, mais porosos e frágeis (osteoporose), sobretudo nas mulheres. Estes sintomas são acompanhados de perda de cálcio, factores genéticos e hormonais, e da degeneração das cartilagens, tendões e articulações.


Harpago

Porque faz bem?
Estudos recentes demonstraram a sua eficácia nos processos inflamatórios, especialmente reumáticos, como artrose, gota e lombalgia. É tão eficaz como os medicamentos anti-inflamatórios e, por ser uma planta medicinal, tem um perfil de efeitos adversos 10 vezes menor.
Obtenha os seus benefícios: Com um extracto líquido ou ampolas (1 a 4 g diárias, consoante a gravidade da dor).
O mar também rejuvenesce
Apesar de existirem inúmeras algas que combatem o envelhecimento, a que tem maior destaque é a espirulina. É um potente antioxidante graças à sua riqueza em vitamina E; evita as manchas cutâneas e previne os trombos. O betacaroteno e as gorduras poli-insaturadas que contém fazem dela uma protectora da visão, da pele e das mucosas.

Texto: Fernanda Soares
Revisão científica: João Beles (naturopata, coordenador do curso de Naturopatia do Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)
A responsabilidade editorial e científica desta informação é da revista Prevenir

Fonte: http://saude.sapo.pt/prevenir/

Friday, 21 November 2008

Como surgiu a Aspirina ?


Aspirina

É da casca do salgueiro que vem o princípio activo da aspirina. A salicina e o salicilato, extraídos dessa árvore, eram usados contra a cefaléia na Mesopotamia, 3 mil anos a.C.
No entanto, a aspirina foi patenteada pela indústria alemã Bayer em 10 de Outubro de 1897. O químico Felix Hoffmann, com a ajuda do professor Heinrich Dreser, sintetizou o ácido acetilsalicílico para aliviar as dores reumáticas do seu pai.
O nome do remédio mais popular do século foi formado assim: "a" vem de acetil; "spir" é a raiz do ácido epírico (substância quimicamente idêntica ao ácido acetilsalicílico); e o "ina" é um sufixo que se adicionava ao nome de todos os medicamentos no final do século XIX.



Alka-Seltzer

No inverno de 1928, Hub Beardsley, presidente dos Laboratórios Dr. Miles, visitou uma redacção de um jornal e viu que nenhum funcionário havia faltado por causa da gripe que estava contagiando todos. Explicaram-lhe que eles tomavam uma combinação de aspirina e soda caustica.
Beardsley pediu aos seus químicos para testarem a fórmula. O químico Maurice Treneer foi mais longe e criou o Alka-Seltzer 3 anos depois.

Tuesday, 4 November 2008

Amigdalite


Febre alta, inchaço dos gânglios no pescoço, dificuldade para engolir e mau hálito podem ser sinais de que está com amigdalite.

A inflamação e infecção das amígdalas ocorre com mais frequência nas crianças ou nos adultos jovens; já foi moda remover cirurgicamente as amígdalas, mas, a menos que a infecção se torne crónica e actue como foco de outras infecções, hoje em dia considera-se que é preferível conserva-las. Elas actuam como um primeiro sinal de aviso da falta de vitalidade, e, se se perder esta primeira barreira defensiva, mais tarde poderão ocorrer doenças mais profundas.

Provocada por vírus e bactérias, a inflamação das amígdalas é mais comum nesta época do ano, quando esfria, porque depende de ambientes fechados para se disseminar.Uma forma de prevenir o mal é manter a casa arejada.Para baixar a febre, os médicos receitam antitérmicos. Já os antibióticos só são indicados se a infecção foi causada comprovadamente por uma bactéria.

Tratamentos

Aromaterapia

Os óleos essenciais são sobretudo utilizados como tratamento adjuvante em inalações de vapor, sendo os mais indicados os de Benjoim, Eucalipto ou o Tomilho, para minimizar a inflamação e combater a infecção em geral.

Fitoterapia
Se possível utilizar a tintura das seguintes plantas para gargarejar, ou em substituição, infusões arrefecidas.
Agrimonia (Agrimonia eupatoria), Salva (Salvia officinalis) e Tomilho (Thymus vulgaris); todas são adstringentes e tonificam as membranas; as duas últimas são ainda anti-sépticas.
Para obter um efeito mais forte, utilize tintura de Mirra (Commiphora molmol) juntamente com algumas das outras.
Nas crises repetidas de amigdalite crónica, consuma alho todos os dias, em pílulas/cápsulas ou fresco. Outra planta essencial a utilizar na amigdalite crónica é a Equinácea (Echinacea angustifolia ou E. purpurea), que reforça o sistema imunitário e pode ser tomado em comprimidos ou em tintura, 20 gotas, 2 vezes/dia.

Homeopatia
Acónito - aparecimento súbito da inflamação, com amigdalas quentes, vermelhas e ardentes, e com sede de bebidas frias.
Hepar sulph - inchaço doloroso, como se houvesse alguma coisa entalada na garganta; amigdalas inchadas e com pus amarelo.
Lycopodium - inchaço crónico das amigdalar, que parecem pintalgadas de branco, por pequenas ulceras purulentas; as bebidas frias podem agravar a sensibilidade

Naturopatia

A função das amígdalas - captura e remoção das bactérias infecciosas que, de outro modo, causariam problemas - significa que elas próprias são mais susceptíveis de ficarem infectadas. Isso pode, por sua vez, originar uma infecção das adenóides, com congestão nasal.
Quando estes sintomas ocorrem, convém suprimir os lacticínios por algum tempo. Em qualquer caso, tome muitos líquidos, especialmente sumos de fruta. O sumo de limão, acabado de espremer e com um pouco de mel, é um bom anti-séptico local. Os ataques repetidos de amigdalite são, muitas vezes, sinal de falta de saúde em geral, podendo necessitar de tratamento profissional.

Alimentos recomendados
Pepino, repolho, tomate, abacate, abacaxi, limão, cebola, oregãos, sálvia, chá de casca de jequitibá.

Equinácea


Equinácea
Echinacea angustifolia, Echinacea purpurea, Echinacea pallida


Família: Asteráceas (compostas)

Habitat e distribuição: Planta herbácea vivaz. A Echinacea angustifolia é originária dos prados dos EUA, a Echinacea purpurea e a Echinacea pallida da parte central e Oriental dos EUA, sendo muito cultivada a Echinacea purpurea por ser de mais fácil propagação.

Partes utilizadas:
Raízes. Principalmente da Echinacea purpurea e da Echinacea pallida.

Constituintes: Ácidos gordos, óleo essencial, fitosteróis, rutósido, alcalóides, equinacósidos A e B, polissacáridos (equinacinas).

Farmacologia e Actividade Biológica: Imunoestimulante, activando o sistema imunológico celular não específico, impedindo as infecções. Activa a formação de leucócitos. Acção anti-inflamatória e antiviral. Protege o colagénio.

Usos Etnomédicos e Médicos: Na profilaxia do tratamento da gripe, inflamações orofaríngeas, rino-sinusites e bronquites, principalmente em doentes com imunidade diminuída ou fazendo quimioterapia. Externamente, sob a forma de pomadas ou em compressas nas queimaduras, feridas purulentas, acne e outras inflamações ou ulcerações cutâneas.

Principais indicações: Síndromes gripais com tosse, bronquite, febre, odinofagia. Como estimulante.

Contra indicações: Gravidez, aleitação, hepatites. É recomendado não utilizar em caso de tuberculose, colagenoses, esclerose múltipla, síndrome de imunodeficiência adquirida e outras doenças imunológicas, sem supervisão médica.

Medicina Ayurvédica e Equinácea: Apesar de não ser conhecida dos médicos Ayurvédicos na Índia, a Equinácea pode ser compreendida como uma poderosa substância desintoxicante, similar, de certo modo ao Nim. Possui os sabores amargo e picante e tem um efeito refrescante geral sobre a fisiologia. Reduz Pitta e Kapha, podendo ser agravante de Vata se usada por um longo período de tempo.

Monday, 3 November 2008

Centella asiatica (Hydrocotyle asiatica) - (1)


Cairuçu asiático
Centella asiatica (L.) Urban
Syn.:Hydrocotyle asiatica L.
Familia: Umbelliferae (Apiaceae)

Características: O género Centella inclui aproximadamente 20 espécies de pequenas ervas perenes que medram na África meridional e na maioria das partes das regiões tropicais. A espécie mais conhecida é a Centella asiatica que é uma erva medicinal importante, semelhante à uma sua parente Européia, a Hydrocotyle vulgaris. A planta foi denominada inicialmente Hydrocotyle asiatica por Linnaeus e posteriormente passou para o género Centella. É uma espécie variável, de distribuição tropical que prospera em lugares sombreados e húmidos como plantações de arroz, mas também cresce em áreas rochosas e em paredes sendo também uma planta infestante da relva. É uma erva rasteira, perene, as raízes propagam-se em nódulos, com agrupamentos de folhas de até 5cm, em formato de rim e bordas denteadas.
As Flores rosas minúsculas aparecem sob a folhagem na época do verão.

A Centella asiatica é uma das mais importantes ervas na medicina Ayurvédica.
Conhecida como Brahmi, "que traz conhecimento de brahman [Realidade Suprema]", foi por muito tempo usada na Índia para fins medicinais e para ajudar a meditação. Tradicionalmente usada na Índia e na África para tratar lepra, entrou na farmacopeia francesa através de Madagáscar.
Uma recente pesquisa mostrou que a Centella asiatica reduz o tempo de cicatrização, melhora problemas circulatórios nos membros inferiores e acelera a cura.

Usos medicinais: Usam-se as folhas e também a planta inteira que são colhidas a qualquer hora do dia e são usadas frescas ou secas em infusões, decocção no leite, pulverizadas, ou como óleo medicinal. É uma erva rejuvenescedora, diurética, que limpa toxinas, reduz inflamação e a febre, melhora a cura e a imunidade, e tem um efeito equilibrador no sistema nervoso.

Externamente é usada em feridas, hemorróidas e articulações reumáticas.
Os Extractos também são utilizados em máscaras de cosméticos e cremes para aumentar o colagénio e firmar a pele.

Uso culinário:
As folhas são consumidas em saladas e como tempero no sudeste da Ásia. Medicinalmente a erva é usada interiormente para combater feridas e condições crónicas da pele (inclusive lepra), doenças venéreas, malária, veias varicosas e úlceras, desordens nervosas e senilidade.

Contra indicações: O excesso provoca enxaquecas e inconsciência passageira.

CUIDADO: Esta erva é irritante de pele e está sujeita a restrições legais em alguns países

Sunday, 2 November 2008

Centella asiatica (Hydrocotyle asiatica) - (2)


Centella asiatica
Hydrocotyle asiatica


Família:
Apiáceas (Compostas)

Nomes vulgares: Hidrocotilo, Hortelã-brava-indiana, Gotu-kola, Cairuçu asiático, Acariçoba.

Nome sânscrito:
Brahmi

Outros nomes populares: Codagem, Pata-de-burro, Pata-de-cavalo e Pata-de-mula; Centella (inglês), Yerba de claro (espanhol) e Asiatischer wassernabel (alemão).


Habitat e distribuição: Nativa da Índia e do Sul dos EUA, mas distribuída no oceano Índico, de Madagáscar à Indonésia, na Austrália e África do Sul. Prefere regiões tropicais e subtropicais pantanosas e margens dos rios.

Partes utilizadas: Partes aéreas.

Constituintes: Saponósidos triterpénicos, óleo essencial, alcalóides, glicosídeos, esteróides, taninos, heterósidos de flavonóides e poliinas.

Farmacologia e Actividade Biológica: As saponinas triterpénicas mostram uma acção reepitelizante. A planta, por via interna, tem efeitos psicotrópicos e reduz a formação de úlceras. Acção sobre a insuficiência venosa.

Usos Etnomédicos e Médicos: Externamente, em dermatoses diversas, para acelerar a cicatrização de feridas superficiais, em queimaduras ligeiras e úlceras das pernas de origem venosa. Internamente como antidepressivo e como venotónico e na celulite. O extracto de Centella asiatica tem uma acção directa sobre os fibroblastos, estimulando sua multiplicação e consequentemente a regeneração dérmica. Como os fibroblastos são produtores de colagénio e elastina, o extracto de Centella contribui para restauração do tecido conjuntivo de boa qualidade. Também possui actividade anti inflamatória por conter asiaticosídeos em sua composição.

Principais indicações:
Insuficiência venosa. Como cicatrizante.

Efeitos secundários e toxicidade: Pode originar dermatites de contacto.


Medicina Ayurvédica e a Centella asiatica:
A Centella asiatica (o brahmi) é uma das plantas mais importantes da Medicina Ayurvédica. Descrito nos livros originais da Medicina Ayurvédica, há muitos milhares de anos, a Centella asiatica também era conhecida pelos médicos chineses pela sua capacidade de promover a longevidade. Há muito que tem a reputação de curar ferimentos e estimular o cérebro. Além do seu papel sobre a memória, é normalmente receitada para baixar a febre, tratar eczemas e aliviar a congestão respiratória.
Possui um leve efeito laxativo e diurético e desempenha um papel tradicional como depurador do sangue.
Aproveitando a sua propriedade de curar ferimentos, as mulheres são aconselhadas a tomar longos banhos terapêuticos de Centella asiatica após dar à luz, para acalmar os tecidos irritados. Possui os sabores amargo, picante e doce, sendo refrescante para o corpo.
Pode ser útil para equilibrar as três doshas, mas é especialmente eficaz para o sistema nervoso irritado de Pitta..

Wednesday, 29 October 2008

Alecrim (Rosmarinus officinalis)



O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.

Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o rosmaninho, que possui exactamente o étimo rosmarinus No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor.

Descrição
Arbusto muito ramificado, sempre verde, com hastes lenhosas, folhas pequenas e finas, opostas, lanceoladas. A parte inferior das folhas é de cor verde-acinzentada, enquanto a superior é quase prateada. As flores reúnem-se em espiguilhas terminais e são de cor azul ou esbranquiçada. O fruto é um aquênio. Floresce quase todo o ano e não necessita de cuidados especiais nos jardins.

Toda a planta exala um aroma forte e agradável. Utilizada com fins culinários, medicinais, religiosos, a sua essência também é utilizada em perfumaria, como por exemplo, na produção da água-de-colónia, pois contém tanino, óleo essencial, pinemo, cânfora e outros princípios activos que lhe conferem propriedades excitantes, tónicas e estimulantes.
A sua flor é muita apreciada pelas abelhas produzindo assim um mel de extrema qualidade. Há quem plante alecrim perto de apiários, para influenciar o sabor do mel.

Utilização culinária
Fresco (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça carne de porco, salsichas, linguiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.

Aplicações medicinais
A medicina popular recomenda o alecrim como um estimulante para todas as pessoas atacadas de debilidade, sendo empregado também para combater as febres intermitentes e a febre tifóide.
Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim, que também se recomendam a todas as pessoas cujo estômago seja preguiçoso para digerir.
Também apresenta propriedades carminativas, emenagogas, desinfectantes e aromáticas.
Uma infusão de alecrim faz-se com 4 gramas de folhas por uma chávena de água a ferver. Toma-se depois das refeições.

Utilização religiosa
Em templos e igrejas, o alecrim é queimado como incenso desde a antiguidade. Na Igreja Ortodoxa grega, o seu óleo é utilizado até aos nossos dias, para unção. Nos cultos de religiões afro, como umbanda e candomblé, é utilizado em banhos e como incenso.

Um cheirinho a Alecrim


Há dias em que se tem a impressão de se estar dentro dum espesso nevoeiro.
Tudo parece monótono e difícil e o coração fica triste.
É a noite escura da alma. Era justamente um destes dias estranhos, quando uma voz interior me disse: “Precisa tomar chá de alecrim!”

Fui ao jardim e lá estava nosso viçoso pé de alecrim.
Interessante é que quase todos que visitam os nossos jardins demonstram afeição e respeito pelo alecrim.
Confesso que nunca liguei muito para ele. Mas, naquele dia, com toda a reverência, colhi alguns ramos, preparei um chá e servi-o numa linda chávena.

O aroma era muito agradável e, a cada gole que bebia, senti a mente ir clareando.
Uma sensação de bem-estar e alegria foi se espalhando pelo corpo e senti uma enorme felicidade no coração.
Fiquei muito impressionada com a capacidade dessa planta transmitir alegria.

Aliás, o nome alecrim já lembra alegria. Resolvi pesquisar a respeito e - vejam só que maravilha!


O alecrim - Rosmarinos officinalis, planta nativa da região mediterrânea - foi muito apreciado na Idade Média e no Renascimento, aparecendo em várias fórmulas, inclusive a “Água da Rainha da Hungria”, famosa solução rejuvenescedora.

Elizabeth da Hungria recebeu, aos 72 anos, a receita de um anjo (um monge quando estava paralítica e sofria de gota. Com o uso do preparado, recobrou a saúde, a beleza e a alegria.
O rei da Polónia chegou a pedi-la em casamento!

Madame de Sévigné recomendava água de alecrim contra a tristeza, para recuperar a alegria. Rudolf Steiner afirmava que o alecrim é, acima de tudo, uma planta calorífera que fortalece o centro vital e age em todo o organismo. Além disso, equilibra a temperatura do sangue e, através dele, de todo o corpo.
Por isso é recomendado contra anemia, menstruação insuficiente e problemas de irrigação sanguínea.

Também actua no fígado.

E uma melhor irrigação dos órgãos estimula o metabolismo.

Um ex-viciado em drogas revelou que tivera uma visão de Jesus que o tornou capaz de livrar-se do vício. Jesus lhe sugeria que tomasse chá de alecrim para regenerar e limpar as células do corpo, pois o alecrim continha todas as cores do arco-íris.

O alecrim é digestivo e sudorífero. Ajuda a assimilação do açúcar (no diabetes) e é indicado para recompor o sistema nervoso após uma longa actividade intelectual

É recomendado para a queda de cabelo, caspa, cuidados com a pele, lesões e queimaduras; para curar constipações e bronquites, para cansaço mental e stress; ainda para a perda de memória, aumentando a capacidade de aprendizado.


Existe uma graciosa lenda a respeito do alecrim:
Quando Maria fugiu para o Egipto, levando no colo o menino Jesus, as flores do caminho iam se abrindo à medida que a sagrada família passava por elas.

O lilás ergueu os seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu o seu cálice.

O alecrim, sem pétalas nem beleza, entristeceu lamentando não poder agradar ao menino. Cansada, Maria parou à beira do Rio e, enquanto a criança dormia, lavou as suas roupinhas.

Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estendê-las. “O lírio quebrará sob o peso, e o lilás é alto demais.”

Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e sustentou-as ao Sol durante toda a manhã. “Obrigada, gentil alecrim!” - disse Maria. Daqui por diante, ostentarás flores azuis para recordarem o manto azul que estou usando. E não apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus, serão aromáticos. Eu abençoo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão aroma de santidade e emanarão alegria”'


Bom chá de alecrim !!!