Em alguns estados da região Norte, principalmente no Pará, é comum extrair-se a andiroba, um óleo grosso e bem amargo, que também é usado como combustível de iluminação, na fabricação de sabão e como protecção para madeira.. Trata-se de um azeite precioso, que representa uma verdadeira riqueza em virtude de suas múltiplas aplicações.
A andiroba é a oferta que a Amazónia faz ao mundo do futuro, segredo que a cultura cabocla guardou, por milénios, para a cura e o embelezamento da humanidade. Esta árvore amazónica é típica das várzeas e ilhas. As suas flores produzem uma agradável fragrância, perfumando as alturas e atraindo os pássaros que passeiam pelo céu da Amazónia.
Por causa dessas propriedades, o óleo de andiroba deixa a pele macia e acetinada. Os caboclos fazem sabonete medicinal usando o óleo de sua semente somado a cinzas de madeiras e resíduos da pele do coco e ainda garantem que a andiroba previne contra a temerosa celulite.
Da família Meliaceae, seu nome botânico é Carapa Guianensis e as partes que devem ser utilizadas são as folhas, a casca e as sementes.
A sua casca é constituída por carapina; o óleo extraído das sementes contém, em média: ácido mirístico - 18%; ácido palmítico - 9 a 12%; ácido oleico - 56 a 59%; ácido linoleico - 7,5 a 9,5; as sementes contém de 36 a 60% de óleo.
Como fitoterápico é indicado para a febre, vermes intestinais, afecções de pele (vermelhidão, feridas, inchaços), picadas de insectos. Para uso interno deve ser usado como decocção de cascas a 10% (febres e vermes intestinais; e as sementes como purgativos.
Como fitocosmético, em cremes e hidratantes; o óleo, em champôs, condicionadores, cremes, loções e géis, na dosagem de 2 a 5%. A casca, muito amarga, actua na eliminação de vermes intestinais e baixando a temperatura corporal.
Uso medicinal
Actua, na pele, regenerando e estimulando o tecido epitelial. Alivia e acalma a dor de tecidos inflamados. As folhas frescas contribuem para a cicatrização das feridas e contusões e actua, também, como vermífugo e febrífugo. As sementes desenvolvem uma actividade purgativa. O óleo amacia a pele, regenera o tecido e apresenta óptimo efeito, também, sobre os tecidos inflamados. Funciona como febrífugo, vermífugo, purgativo, cicatrizante, emoliente, anti-séptico, hidratante e suave.
O método tradicional para produção do óleo de Andiroba é colher as sementes que, após ter caídas da árvore, flutuam no rio. Em seguida, as sementes são fervidas. Depois de duas semanas o óleo é extraído com uma simples prensa chamada "tipiti".
O óleo de Andiroba é usado pelos indígenas misturado com corante de urucum (Bixa orellana L.) para repelir insectos, e como medicamento contra parasitas do pé.
Velas repelentes
A fabricação de velas repelentes de insectos, especialmente os mosquitos do género Anopheles, transmissores da malária, surge como um grande potencial. Recentemente descobriu-se que as velas feitas com andiroba repelem o mosquito que transmite a dengue (Aedes aegytpi).
Medicina tradicional
A casca é utilizada para o preparo de um chá contra febre, o qual também serve como vermífugo. Transformada em pó, trata feridas e é cicatrizante para afecções da pele. Os caboclos fazem um sabão medicinal com o óleo bruto, cinza e resíduos da casca de cacau. Além de ser empregado na fabricação de sabão, também fornece um óptimo combustível utilizado para iluminação nas áreas rurais.
O óleo é muito usado na medicina doméstica para fricção sobre tecidos inflamados, tumores e distensão muscular. Além disso, sabe-se ainda que o óleo da andiroba é utilizado como protector solar e a casca e a folha servem contra reumatismo, tosse, gripe, pneumonia, depressão.
A andiroba forma parte do elenco de plantas medicinais sendo estudados pela "Central de Medicamentos" (CEME) do Brasil. Ela pode ser utilizada no combate as infecções do tracto respiratório superior, dermatites, lesões dermáticas secundárias, úlceras, escoriações, e tem propriedades cicatrizantes e antipiréticas.
O óleo de Andiroba é utilizado em vários produtos para tratamento de cabelo, deixando o cabelo sedoso e brilhante.
Na indústria farmacêutica homeopática, onde está a ser comercializado na forma de cápsulas, é utilizado para diabetes e reumatismo, e o bálsamo para uso tópico de luxações e na fabricação de sabonetes medicinais.
Fonte...... http://www.amazonlink.org/biopirataria/andiroba.htm
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